Helder esclarece protestos sobre educação indígena no Pará e reforça compromisso com o diálogo.

O governador do Pará, Helder Barbalho, utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (31) para esclarecer a situação dos protestos relacionados à educação indígena no estado. Desde o dia 14, manifestantes ocupam a sede da Secretaria de Educação (Seduc), reivindicando melhorias para o ensino nas aldeias.

Em seu pronunciamento, Helder Barbalho afirmou que a mobilização começou com base em uma “desinformação, propagada por fake news”, de que o governo estadual substituiria o ensino presencial nas aldeias por um sistema de ensino a distância. Ele negou essa possibilidade, garantindo que essa mudança “jamais existiu e jamais vai acontecer”.

Segundo o governador, ao longo dos últimos dias, todas as demandas apresentadas pelos manifestantes foram atendidas. O governo realizou diversas reuniões com os representantes indígenas e firmou compromissos para solucionar as questões levantadas. Como resultado, sete dos oito grupos regionais envolvidos nas negociações aceitaram o acordo e sinalizaram publicamente a intenção de encerrar a manifestação.

No entanto, um grupo minoritário permanece ocupando a Seduc e se recusa a participar das reuniões e aceitar os compromissos firmados. “Liderei uma reunião de mais de quatro horas para garantir o retorno das atividades da Secretaria e permitir que os servidores públicos voltassem a exercer suas funções. Mesmo assim, esse grupo não apareceu”, declarou Helder.

O governador também destacou que, a pedido da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foi realizada uma nova reunião para reforçar o diálogo, mas os manifestantes insistiram em não aceitar os acordos estabelecidos.

Helder Barbalho manifestou preocupação com os impactos da ocupação, que já dura mais de 15 dias. Segundo ele, além de danos ao prédio da Secretaria, a paralisação das atividades prejudica os servidores responsáveis pela educação no estado.

Apesar da resistência desse pequeno grupo, o governador reafirmou que o governo do Pará continuará aberto ao diálogo, desde que as pautas sejam legítimas e representem as reais necessidades das comunidades indígenas. “Estamos sempre prontos a dialogar, mas não podemos permitir que a desinformação e interesses alheios à causa comprometam o funcionamento da educação no nosso estado”, finalizou.

A expectativa agora é que os manifestantes que ainda ocupam a sede da Seduc reconsiderem sua posição, permitindo o retorno dos servidores e o andamento das atividades educacionais no Pará.

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