Dos R$ 588 milhões do orçamento secreto administrados pelo Ministério da Defesa, então capitaneado pelo general da reserva Braga Neto, cotado para ser vice na chapa de tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), cerca de R$ 2,5 milhões regaram a horta eleitoral do senador paraense Zequinha Marinho (PL). Segundo o jornal O Globo, R$ 1 milhão foi destinado para a construção de passarela de concreto na vila Piraí, município de Curralinho; e outro R$ 1,5 milhão numa de madeira no município marajoara de Chaves.
Os recursos, segundo publicação, foram repassados pelo ministério por meio de emendas de ralator, usadas pelo presidente para contemplar aliados em troca de apoio no Congresso e chegou aos municípios por meio de programa Calha Norte, criado na década de 1980 pelos militares para investir em projetos de infraestrutura básica, aquisição de equipamentos e compra de bens para quartéis na região, principalmente em áreas distantes dos centros urbanos. Mas segundo levantamento do Globo, uma parte das emendas de relator destinados pela pasta serviu a outros propósitos.
A Polícia Federal já solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) autorização para abrir investigação a fim de apurar irregularidades na execução e nos repasses das emendas de relator, o chamado orçamento secreto. Os recursos são repassados a parlamentares e geralmente usados em obras e ações nos estados. No entanto, a corporação suspeita de desvios e fraudes durante o processo como é o caso de repasses ao Estado do Pará para o Senador Zequinha Marinho (PL) e aliados Bolsonaristas. Uma bomba que vai explodir a qualquer momento e exterminar a carreira de muitos.