O governador do Pará, Helder Barbalho, conseguiu fechar um acordo para levar para o seu partido, o MDB, o prefeito de Macapá (AP), Dr. Furlan, que está no Podemos. O ato de filiação está marcado para hoje, em Brasília, na sede do partido. No final do ano passado, o Instituto Veritá divulgou pesquisa com todos os prefeitos de capitais e Furlan apareceu em primeiro lugar no país, com 91,7% de aprovação. Com isso, Helder amplia o poder do partido na Região Norte.
O convite para Dr. Furlan entrar no MDB é mais um passo da família Barbalho para se cacifar nas eleições municipais deste ano e ganhar força para um passo ainda maior nas eleições de 2026. Helder Barbalho trabalha para ser vice numa possível chapa para a reeleição do presidente Lula ou mesmo ser candidato à Presidência pelo seu partido. O primeiro passo foi emplacar o irmão, Jader Filho, como ministro das cidades. Depois, Helder foi agraciado ao ganhar a sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA), em 2025.
Com a alta aprovação, Dr. Furlan tem grandes chances de se reeleger para prefeito e ainda lançar sua candidatura a governador em 2026. Além disso, o prefeito é casado com Rayssa Furlan (Podemos), que foi candidata ao Senado em 2022 e ficou em segundo lugar na disputa, perdendo para o senador Davi Alcolumbre (União Brasil). Alcolumbre, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), é o grande adversário político de Dr. Furlan. O senador fracassou ao tentar eleger o irmão Josiel Alcolumbre a prefeito de Macapá em 2020.
Alcolumbre tem boa relação com o MDB e interlocutores do prefeito de Macapá dizem que o presidente da CCJ não deverá brigar com a família Barbalho em torno de eleições no Estado. Isto porque Alcolumbre está angariando votos para se reeleger presidente do Senado, com apoio de vários partidos, inclusive do MDB de Helder Barbalho. A ida de Furlan para o MDB tem a benção da base de Lula, que teria mais um forte aliado em um estado da Região Norte.
Informações: VEJA