A nova gestão do Estado, que inicia do próximo dia primeiro de janeiro, vem acompanhada de muito otimismo, sobretudo pela população que elegeu Helder Barbalho (MDB) governador. Pesquisa realizada pelo Instituto Acertar junto aos moradores da Região Metropolitana de Belém (RMB), aponta que 59,1% dos entrevistados estão otimistas em relação ao futuro econômico do Estado do Pará.
Foi solicitado que os entrevistados respondessem, qual o principal problema do Pará, que o próximo governador deverá priorizar. “Do total de entrevistados, 47,3% disseram que o próximo governo deverá resolver ou solucionar a falta de segurança pública em vários aspectos, combater a criminalidade, com a maior presença da polícia nas ruas, bairros, organizar e estruturar o PM box e delegacias e aumentar o contingente de policiais. Essas foram as principais sugestões da população”, coloca o sociólogo e mestre em Ciência Política, Américo Canto, diretor de pesquisas do Instituto Acertar.
Um percentual de 21,6% acha que o maior problema a ser solucionado está relacionado a saúde pública, por causa da falta de atendimento humanizado nos postos de saúde e hospitais, a falta de médicos e medicamentos nos postos de saúde, a longa espera para consultas e tratamento de doenças e médicos especializados.
SANEAMENTO
Dos entrevistados, 11,8% disseram que o problema principal é a falta de saneamento básico e deve ter mais rigidez com aqueles que jogam lixo nas ruas, depositam lixo nas proximidades de canais, além de ampliar uma campanha educativa nesse sentido. Melhorias na educação pública, foi mencionado por 9,5% dos entrevistados. Para esse público, que é formado por pessoas de todas as categorias sociais, é urgente que sejam feitas reformas de escolas e criados mecanismos de segurança dentro do ambiente escolar. O desemprego foi citado por 6,2% dos entrevistados e 3,6% deram outras respostas.
DADOS
EXPECTATIVAS
As expectativas em relação à situação econômica do país para 2019 são positivas. Foi o que responderam 72,8% dos entrevistados, sendo que para 33,7% 2019 vai ser muito melhor que 2018 e 39,1%, responderam que vai ser um pouco melhor. Dos entrevistados, 13,4% acreditam que não vai mudar nada e os pessimistas foram representados por 12,1%, sendo que 6,4% acham que a situação econômica do país vai estar um pouco pior em 2019, 5,7% disseram que vai estar muito pior e 1,8% dos entrevistados não quiseram dar suas opiniões.
METODOLOGIA E DADOS TÉCNICOS
A pesquisa qualitativa compreendeu um público-alvo localizado na Região Metropolitana de Belém abrangendo pessoas de ambos os sexos com idade igual ou superior a 16 anos, residentes nos municípios de abrangência da pesquisa, entre os dias 18 a 21 de dezembro. Para a delimitação do público alcançado pela pesquisa, foram utilizados os dados do Censo de 2010 e as estimativas populacionais, realizadas pelo IBGE. Foram aplicadas 436 entrevistas. A margem de erro para os resultados gerais da pesquisa é de 5% para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Os entrevistados foram escolhidos de forma aleatória, sendo as entrevistas realizadas de forma pessoal, em pontos de fluxo populacional.
Para 33%, administração de Zenaldo vai piorar em 2019
Para 48,3% dos entrevistados gestão de Zenaldo vai ficar como está. Um dos problemas na capital é a questão do lixo.
Os entrevistados foram impulsionados a declarar suas percepções sobre a gestão do prefeito de Belém Zenaldo Coutinho para 2019 e 14,9% disseram que vai melhorar, para 48,3% vai ficar como está, 33,4% responderam que vai piorar e 3,3% não responderam ao questionamento. O grupo de pessoas pessimistas, concentra-se principalmente entre aqueles com 35 anos a mais, com nível de escolaridade que varia do segundo ao terceiro graus e com renda de 5 salários mínimos a mais.
O nome de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública foi aprovado por 59,6% do público entrevistado, 30,1% desaprovaram essa medida, 6,2% disseram que tanto faz e 4,1% não quiseram dar suas opiniões.
BOLSONARO
O direito do cidadão ter arma de fogo em sua casa foi aprovado por 30,1% dos respondentes, outros 62,5% desaprovam essa medida, 2,8% disseram que tanto faz e 4,6% não responderam a indagação. Segundo 49,9% dos entrevistados pela pesquisa, com o governo de Bolsonaro a corrupção no país vai diminuir, 33,9% acham que vai continuar como está, 11,3% responderam que vai aumentar e 4,9% não quiseram dar suas opiniões.
(Luiz Flávio/Dol/ Fotos: Google imagem/ Wagner Santana/ Edt: Blog do Sávio Barbosa)