Alepa caindo aos pedaços e o dinheiro da reforma? Ninguém sabe, ninguém viu.

A Assembleia legislativa do Estado do Pará ALEPA, é comandada por Márcio Miranda desde 2013, totalizando quatro anos de gestão. Ele não consegue gerir a construção da nova sede, mesmo já ter recebido R$ 10 milhões para iniciar a construção e até agora nada foi feito.

Na manhã de hoje, segunda-feira (26) com a forte chuva em Belém, o teto da sala da Procuradoria da ALEPA desabou. O incidente provocou um susto entre os funcionários e alertou sobre as condições precárias do local. Testemunhas contaram que no momento do desabamento, não havia ninguém na sala, localizada no terceiro andar, felizmente o incidente não causou feridos.

Esse não foi o primeiro caso do tipo no prédio da Alepa. Meses atrás, parte do teto do gabinete do deputado Miro Sanova do PDT também desabou como divulgamos aqui no Blog . Além desses acidentes é importante ressaltar que o atual prédio, está caindo aos pedaços, escadas quebradas, tetos sem forro, caixas d’águas internas à mostra, paredes estouradas e com mofo, instalações hidráulicas e de ar-condicionado precárias, corredores sem iluminação e fiação elétrica exposta.

SOBRE A RESTAURAÇÃO E CONSTRUÇÃO 



Sobre a construção do novo prédio é um caso à parte: onde é importante lembrar que o ex-presidente e ex-deputado Manoel Pioneiro deixou a presidência da Casa, em 2012, garantindo no orçamento, R$ 10 milhões para o início das obras. No entanto, nos últimos quatro anos, Márcio Miranda liquidou mais de R$ 7,8 milhões da rubrica de construção da nova sede e até agora nenhum prego foi colocado.

Márcio Miranda não explica onde foi parar o dinheiro de fato, apenas elega em discurso, conter despesas e regalias dos parlamentares e da casa, no entanto não é nós vemos, até porque o gasto com pessoal é estratosférico e nos últimos quatro anos passa a casa de R$ 1,4 bilhão com gastos exorbitantes, exemplo é o anexo do Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), a população sofre sem ar-condicionado e móveis deteriorados. De 2013 até hoje, Márcio Miranda gastou pouco mais de R$ 981 mil para melhorias no local. Nos últimos quatro anos, o presidente da Alepa consumiu nada menos do que R$ 1,4 bilhão com pagamento de folha. Com funcionários temporários, Márcio Miranda “torrou” R$ 356 milhões. Dados esses é possível ser conseguidos no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios.

Fazendo uma comparação, desde que assumiu, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira, Márcio Miranda já desembolsou pouco mais de R$ 9 milhões para a “tal” restauração da Alepa; Decol e Innova abocanharam mais de 60% dos recursos no período. Outras nove empresas dividiram o valor restante do orçamento liquidado: R$ 3.336.695, diz relatório do Siafem. Este ano, dois contratos de restauração da sede da Alepa foram licitados. A Decol leva um lote de R$ R$ 106 mil e a empresa A3, embolsará quase R$ 267 mil. Por ai vamos vendo!

A preocupação é o seguinte, sobre como de fato esses recursos públicos estão sendo geridos, e pra onde está indo? Outra, sobre até quando um prédio público como de tão importância apresentará novos casos sobre isso, será que é preciso que algo de pior possa acontecer? É preocupante, e que sirva de alerta ao nobre presidente. 

Foto: Via Whatsapp/ Marcos Santos
Edição: Blog do Sávio Barbosa