Aos seus, uma esquerda caviar. Ao povo, um governo em ruínas em Belém.

Belém, a cidade que parece ter se tornado o cenário de uma trama digna de um épico carregado de intrigas, onde as relações políticas e pessoais se entrelaçam de forma caótica. No epicentro dessa teia intricada, Aldenor Jr, que embora não seja o prefeito, mantém uma influência inquestionável sobre os cofres da cidade e dita as ordens que a moldam, como um mestre de marionetes nos bastidores.

Enquanto isso, o destemido Puty, um secretário tão apático que, em 4 anos, faz jus ao seu diploma de economia em Pequim, já que sua gestão se assemelha à qualidade de produtos baratos “made in China”. Sua antipatia visceral por Aldenor apenas adiciona um toque dramático a essa tragédia urbana.

E as mulheres do governo? Um verdadeiro dramalhão mexicano. Edilene, que não esconde sua aversão à esposa de Aldenor, desenha um arco de rivalidade tão intenso que faria Collor e PC Farias se sentirem tímidos. Palheta, por sua vez, parece ter transformado o caixa 2 do PSOL em uma obra de arte de contabilidade criativa. E a “tal Índia” enigmática Nice, usando informações do gabinete, planta discórdia na imprensa enquanto chantageia a família do prefeito. A política nunca foi tão escandalosa.

E o próprio prefeito Edmilson, o mais rejeitado do Brasil, passa os almoços de família dominicais imerso em discussões com seus irmãos, como se estivessem competindo para governar diretamente da cozinha. Uma tragédia familiar em meio ao caos político.

Edmilson também protagoniza uma relação digna de um drama shakespeariano com Ivanise, a secretária que ele não se cansou de ignorar por meses. No entanto, paradoxalmente, o também inepto não tem sequer autonomia para demitir seus próprios funcionários.

Dizem as más línguas que o sonho de Edmilson é fazer uma reunião de governo, com todos os seus secretários alinhados, como faz o governador Helder. Mas, pra fazer isso, o encontro precisaria ser dentro de um octógono, já que seus funcionários não se gostam e não se falam. Um governo que é a cara da cidade que governa.

Enquanto todos esses enredos se desenrolam, Belém permanece suja, com ruas esburacadas e abandonadas, como um pano de fundo sombrio que amplifica o absurdo dessa saga política. Esta cidade é uma novela que desafia qualquer ficção, onde o caos parece ser a única constante em meio a relacionamentos tumultuados e um governo em ruínas.