Ato de Bolsonaro em Belém reúne poucos apoiadores e evidencia divisões internas no PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, chegaram neste domingo (30), em Belém para um ato político que prometia mobilizar seus apoiadores na capital paraense. A recepção calorosa no aeroporto deu início à tradicional “motociata“, onde o casal percorreu as avenidas Júlio César e Pedro Álvares Cabral em uma caminhonete, acenando para os motociclistas que os acompanhavam.

O evento principal do dia foi o “Ato por Democracia e Liberdade”, realizado na Avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, que visava oficializar pré-candidatos do PL para as próximas eleições municipais. No entanto, o comparecimento foi abaixo do esperado, reunindo apenas algumas pessoas, em contraste com as expectativas dos organizadores.

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Além da baixa de apoiadores, o evento destacou as divisões internas no Partido Liberal (PL) no Pará. Durante o almoço realizado no Distrito de Icoaraci, o deputado Éder Mauro teria proibido a entrada do deputado Coronel Neil, também do PL, revelando fissuras dentro da legenda no estado. Segundo relatos, Éder Mauro estaria moldando o partido de acordo com seus interesses, o que sinaliza um ambiente político fragmentado e desafiador para o PL no Pará.

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Esses acontecimentos ocorrem em um contexto em que Jair Bolsonaro enfrenta desafios jurídicos, sendo considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos, a partir das eleições de 2022. A visita à Belém tinha como objetivo fortalecer a base eleitoral do PL no estado, tanto para as eleições deste ano quanto para as futuras em 2026, porém, o resultado do ato e as disputas internas refletem um cenário complexo e instável para o partido na região.