Bolsonaro relaciona vacina da covid com a aids; CPI reage.

O presidente Jair Bolsonaro foi punido pelas redes sociais após contar uma mentira, relacionando o vírus da Aids com a vacina contra a covid-19, sem embasamento científico.

O Facebook e o Instagram tiraram do ar a live de Bolsonaro (sem partido), que foi transmitida na quinta-feira (21), na qual ele dissemina a fake news. Na transmissão, ele relaciona a vacina contra o novo coronavírus com o desenvolvimento do vírus da aids.

A empresa responsável pelas redes sociais emitiu nota esclarecendo que não permite alegações de que a vacina contra a covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas.

CPI da Covid

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), deve apresentar nesta segunda-feira (25), um requerimento à CPI da Covid, sugerindo incluir no relatório final a fala mentirosa do presidente Jair Bolsonaro que relacionou a vacina contra Covid-19 ao vírus HIV (da imunodeficiência humana, que pode provocar a aids) para eventual punição.

O parlamentar pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, “que tome ciência da reiterada e flagrante conduta potencialmente criminosa do Sr. Presidente da República”. Moraes é o relator do inquérito das fake news no tribunal.

Alessandro classificou a fala de Bolsonaro no dia 21 de outubro como “grave prejuízo à garantia da ordem pública, contexto em que abundam provas de materialidade e indícios bastantes de autoria, determinando-se a retirada do conteúdo do ar e adotando-se as demais providências que entender pertinentes”.

O senador ressalta, ainda, que, se o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) for aprovado, a Comissão Parlamentar de Inquérito irá resultado em pedido de indiciamento pelo suposto cometimento de “diversos crimes”.