Começou nesta quita-feira (22) a consulta prévia para a escolha da nova gestão da Reitoria da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Uma das candidaturas confirmadas é a da engenheira florestal e professora da instituição, Gracialda Ferreira, que concorre ao cargo de reitora ao lado do professor Marílio Salgado, candidato a vice-reitor, pela chapa 4. Na consulta prévia também concorrem as candidatas Eldilene Barbosa, chapa 1; Tatiana Correa , chapa 3 e Herdjania Veras, chapa 2.
Com uma trajetória marcada pela atuação acadêmica e experiência em gestão pública, Gracialda afirma que sua candidatura é fruto de uma construção coletiva baseada em ética, competência e compromisso com a universidade. “Minha candidatura é fruto da luta, da formação, da experiência e da coletividade”, declarou a professora.
Em pronunciamento recente, Gracialda destacou o simbolismo e a responsabilidade de sua candidatura: “Trago comigo não apenas uma trajetória acadêmica e de gestão construída com ética, competência e compromisso público, mas também a consciência do que significa, ainda hoje, uma mulher ocupar espaços de decisão em instituições historicamente marcadas por desigualdades.”
Ela também reafirmou sua independência política e denunciou práticas de bastidores que tentam enfraquecer candidaturas lideradas por mulheres:
“Não aceito ser tutelada politicamente nem reduzida à condição de representação simbólica. Minha autonomia política não é concessão, é conquista, e não aceitarei que tentem intimidá-la com insinuações, pressões ou joguetes.”
Ao seu lado, o professor Marílio Salgado traz vivência na gestão universitária e destaca a importância da interiorização do ensino superior e da democratização do ensino de línguas. Com forte atuação nos campi do interior, Salgado também acumula experiência em processos de internacionalização e políticas de inclusão acadêmica.
Segundo Gracialda, a proposta da chapa 4 está centrada em princípios de justiça social, equidade de gênero e compromisso com o bem comum:
“Quero uma universidade em que todas as pessoas possam ocupar plenamente seus espaços com segurança, dignidade e reconhecimento.”
A chapa defende uma eleição justa e democrática, posicionando-se contra o que classifica como práticas de desrespeito, autoritarismo e opressão. Para a candidata, a disputa atual reflete um desejo coletivo de transformação.
“Essa eleição para a reitoria da UFRA não é o desejo de uma pessoa ou de uma chapa, mas sim o desejo de toda a comunidade por mudança.”
A consulta prossegue nos próximos dias, reunindo estudantes, técnicos e docentes na escolha da nova administração da universidade.