Crônica: Ta na hora da oposição tomar um banho de novidade.

Tá na hora da oposição ao governador Helder decidir que caminho tomar.  Ou se quiser fazer coceira, apresentar algo novo. Esse blá blá blá de que ele “só inaugura obras deixadas por Jatene” não cola para desmoraliza-lo.
Primeiro porque ao concluir o que Simão não terminou – e vai ter vocação pra começar uma obra e não terminar lá longe- Helder faz sua obrigação como gestor responsável, não deixa pra lá o dinheiro público empregado, abandonando uma obra só porque não foi ele que iniciou. 
Em segundo lugar, o que a hoje oposição tão acostumada a se enfurnar e governar somente de dentro de palácios durante 12 anos (talvez pela vontade assoberbada do chefe de trabalhar suas já famosas poucas horas ao dia e depois partir pra soneca )não tem a sensibilidade de perceber, é que a população não tá nem aí pra quem começou uma obra, ela quer é saber quando a danada vai é ficar pronta e funcionar.
E quer que fique rápido, esse negócio de obra que inicia no primeiro ano do governo e se entrega no último do segundo mandato, ninguém aguenta mais ( taí o BRT). Resumindo; o povo quer é ver trabalho!  
A popularidade que Lula manteve governando e que Bolsonaro mantém ao governar vem daí, da percepção de que trabalham muito, pois não existe para ambos dia de semana ou final de semana, cidade grande ou pequena, periferia ou zona sul, eles estão em todos os lugares o tempo todo. Fora que trabalhar mais, da mais resultado ué! Com esse jeito de fazer política, sempre presentes, criaram as suas popularidades.  
Pra comparar é só lembrar de Dilma, Temer e FHC e suas formas de atuarem, sempre desaparecidos, enfurnados nos palácios, longe do contato com à população, ou seja, trabalhando pouco. Impopulares portanto. 
Bom, aí nesse quesito de presença constante e de disposição de trabalho,  a oposição ao atual governador  Helder se perde na poeira, lhe falta apetite, estão acostumados apenas a aparecer nos rincões, na periferia, nos múltiplos eventos empresariais que ocorrem no Pará, somente em ano pré eleitoral e olhe lá! Nos três anos que governam antes do ano pré eleitoral eles de-sa-pa-re-cem.  Simples assim, somem, tomam Doril! A fórmula de governar só dentro de palácios, de nunca dar as caras, não cola mais. Não cola mais no Brasil e no Pará não é diferente. 
O que o povo  quer é ver gente governando e mostrando que governa.  A população, tão cansada dos políticos, quer é ver os homens, quer sentir que eles, mesmo que não estejam conseguindo fazer tudo o que se espera – e no Brasil infelizmente é assim pois o cobertor é muito curto pro tamanho dos problemas – estejam empenhados em fazer. Empenho, eis talvez a grande palavra do momento.  
E goste-se ou não do governador Helder, a percepção geral é exatamente essa: a de que ele se mantém presente, atuante, disposto, empenhado, trabalhando. Helder está em todos  os lugares, se faz presente, tem a dimensão da importância de se fazer presente e a população a percepção de que tem um governante atuante . Por falar em percepção, alguém se lembra de tanta placa em Belém e tanta aparição do Jatene e do Zenaldo nas redes sociais, como nos últimos tempos estamos vendo? Não né! É que é época pré eleitoral! Se forçar  a memória vai se lembrar que em todo ano pré eleitoral eles fazem assim. E eles continuam fazendo a política que sempre fizeram, 3 anos sumidos, um ano aparecendo, cheios de placas, obras iniciadas – aquelas que não terminam e alguém tem de fazer por eles. 
Tá na hora de mudarem a tática, essa já cansou e à população já sacou. Ou mudam, ou tomam peia nas próximas eleições. E não se enganem, tanta  aparição de Zenaldo e Jatene, tanta placa de obra por Belém, tem só uma razão, as eleições municipais. No fundo é disso que estamos falando.
Marcelo Marques
Bacana News