Em meio às movimentações políticas para as eleições municipais de Belém, uma questão está gerando burburinho nos bastidores do PSB: o atual prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), pode estar se arriscando a ser expulso do partido por infidelidade partidária. Isso porque, enquanto o PSB apoia oficialmente a candidatura de Igor Normando (MDB) à prefeitura de Belém, Daniel tomou um caminho distinto e declarou apoio a Éder Mauro (PL), oposição na corrida eleitoral.
O descompasso entre o posicionamento de Dr. Daniel e a orientação partidária levanta a questão de uma possível sanção por parte da legenda. Apesar de a legislação eleitoral sobre infidelidade partidária ser clara ao se aplicar com mais força aos cargos proporcionais (como vereadores e deputados), a situação de Daniel, que ocupa um cargo majoritário, pode ser definida pelos estatutos internos do PSB. O partido tem autonomia para aplicar medidas disciplinares a filiados que não sigam a linha oficial da sigla, e, em casos extremos, pode chegar à expulsão.
Dentro do partido, há vozes que já demonstram insatisfação com o posicionamento de Daniel, visto que a campanha de Igor Normando é uma das grandes apostas da legenda nas eleições municipais de 2024. A falta de coesão interna no apoio pode enfraquecer a candidatura oficial e, consequentemente, comprometer a estratégia política do PSB para a capital paraense.
Caso o partido entenda que Dr. Daniel quebrou a unidade partidária ao apoiar um candidato adversário, um processo disciplinar pode ser instaurado. As penalidades vão desde uma advertência formal até a expulsão do quadro de filiados, conforme estabelecido nas regras internas da legenda. Para muitos, essa pode ser uma decisão difícil para o PSB, que precisará ponderar entre manter a coesão interna ou evitar essa briga com o prefeito de Ananindeua.
O fato é que, com essa escolha, Daniel pode ter colocado em risco sua permanência no partido. A infidelidade partidária, mesmo que não prevista pela legislação para cargos majoritários como prefeitos, pode se tornar uma questão interna séria no PSB, principalmente em tempos de eleição. O desfecho dessa situação, que ainda está em fase inicial, será acompanhado de perto, pois pode alterar os rumos da campanha em Belém e gerar novas tensões dentro do partido.
Resta saber se o PSB tomará medidas drásticas contra Daniel ou se o prefeito de Ananindeua conseguirá justificar sua escolha sem maiores consequências. Enquanto isso, o apoio a Éder Mauro gera discussões e expõe uma possível ruptura que pode fragilizar a legenda nas eleições municipais de 2024.