A pouco mais de um ano das eleições municipais de 2024, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), já acumula a maior avaliação negativa sobre uma gestão na história da capital. É o que diz a pesquisa de opinião feita pela Quaest e divulgado pelo Grupo Liberal. Segundo o levantamento, 58% das pessoas consideram a gestão de Edmilson negativa e 82% acreditam que ele não deve ser reeleito. O mesmo levantamento mostra que o governo de Helder Barbalho (MDB) é aprovado por mais de metade da população de Belém (59%). No âmbito federal, 42% dos eleitores da capital paraense consultados avaliam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como positiva.
A pesquisa foi feita a partir de 880 entrevistas, entre os dias 21 e 27 de junho, com eleitores da capital que têm 16 anos ou mais. A margem de erro é de cerca de 3,3 pontos percentuais.
Na avaliação sobre o governo municipal, além da maioria (58%) que considera a gestão de Rodrigues negativa, outros 29% consideram o governo regular. Para 11% a gestão é positiva; 2% não sabem ou não responderam.
Os entrevistados também foram questionados se o prefeito de Belém deve ser reeleito no próximo ano: 82% avaliam que não, 15% que sim e 3% não sabem ou não responderam.
Ainda dentro do âmbito municipal, quem mais avalia a gestão como negativa é o público masculino, grupo em que o percentual chega a 59%. As piores avaliações do governo do Psol ficam com a faixa etária de 35 a 59 anos (62%) e renda de mais de cinco salários mínimos (64%). Já quem mais considera o comando de Edmilson Rodrigues positivo são as mulheres (12%), com idade entre 16 e 34 anos (13%) e renda de até dois salários mínimos (15%).
Positivo
O estudo da Quaest contou ainda com perguntas sobre as gestões estadual e federal. Em relação ao governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), mais da metade das avaliações é positiva: 59%. Já 30% consideram a gestão regular e 8%, negativa. Outros 2% não sabem ou não souberam responder. Os votos positivos são, principalmente, de mulheres (63%), de pessoas com idade de 60 anos ou mais (64%) e renda de até dois salários mínimos (65%). E os negativos ficam, em sua maioria, com os homens (9%), pessoas com idade entre 35 e 59 anos (9%) e com renda de mais de cinco salários mínimos (11%).
Quanto ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as respostas da pesquisa foram as seguintes: 42% consideram positivo; 33%, regular; e 21%, negativo; 3% não sabem ou não responderam. Novamente, as mulheres lideram as avaliações positivas, chegando a 48%, assim como pessoas de idade de 60 anos ou mais (45%) e com renda de até dois salários mínimos (48%). Quem mais acredita em gestão negativa é o público masculino, grupo em que o percentual chega a 24%, além das pessoas entre 35 e 59 anos (24%) e com renda entre dois e cinco salários mínimos (26%).
COP 30
A 30ª edição da Conferência das Partes (COP), encontro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima que será realizado em Belém em 2025, também foi tema da pesquisa de opinião da Quaest. O levantamento mostra que, até a sondagem, apenas 62% das pessoas já sabiam que a capital paraense seria sede do evento, enquanto 37% ficaram sabendo na hora e 1% não deu resposta.
Boa parte da população belenense acredita que é muito importante sediar a COP 30 (78%), enquanto 10% acham pouco importante, 7% avaliam como nada importante e 5% não responderam. Sobre a preparação da capital paraense, 57% acham que a cidade não está nada preparada para receber o evento, 37% acreditam que está pouco preparada, 5% que está muito preparada e 2% não sabiam.
Para quem avalia que Belém não está preparada para a COP 30, os principais motivos dados foram: a cidade não tem estrutura (22%); muita violência (16%); trânsito muito ruim (14%); limpeza pública/cidade abandonada (8%); ausência de hotéis para hospedagem (8%); problemas de alagamento (6%); falta saneamento básico (4%); falta interesse e investimento público (4%); a cidade é pobre (3%); e outros motivos (2%). Do total, 13% não sabiam ou não responderam.
A Quaest é uma empresa de inteligência de dados que alia rigor científico e tecnologia para gerar insights que levem os clientes a tomar decisões estratégicas informadas. Com seis anos de experiência em campanhas políticas presidenciais, estaduais e municipais, reúne um time de doutores e mestres das mais diversas áreas do conhecimento. O perfil da amostra é 54% feminino e 46% masculino; e 47% com 35 a 59 anos, 33% entre 16 e 34 anos, e 20% com 60 anos ou mais.
Fonte: Quaest