Em SP, governador Helder Barbalho diz que redução do déficit fiscal é prioridade.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou do Encontro Rede Juntos Estados na manhã desta quarta-feira (30), em São Paulo. Na ocasião, ele discutiu os desafios enfrentados na gestão das finanças públicas com os chefes dos estados de Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); São Paulo, João Doria (PSDB); Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO); e Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas), além de secretários e especialistas na área fiscal.
Também representavam o Governo do Pará, os secretários da Fazenda, René Sousa; e do Planejamento, Hana Ghassan; que junto ao chefe do Executivo Estadual debateram questões de arrecadação ao lado de especialistas. Entre eles, participaram do encontro o economista Paulo Tafner, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); e o secretário do Tesouro Nacional Governo Federal, Mansueto Almeida. 

Helder Barbalho ressaltou as dificuldades fiscais encontradas pela sua gestão, em decorrência do passivo financeiro de R$ 1,5 milhão por mês, deixado pela administração anterior ao seu mandato. “Vamos resolver esse problema com rigidez fiscal, evitando que o governo possa gastar mais que arrecada, evitando que o custeio da máquina possa perder nossa capacidade de investimento”, disse.

O governador do Pará ainda enfatizou que seu foco é priorizar aquilo que a sociedade espera, um poder público eficiente, com utilização de recursos públicos voltados para oferecer serviços de qualidade. “Resolver as contas públicas, para que o Estado possa ter maior capacidade de investimento, construindo escolas, hospitais, estradas, e motivando a economia para geração de empregos. Essa é a orientação da nossa gestão”, completou.

“Hoje, prefeituras e estados, não diferente do Governo Federal, acabam imobilizando seus recursos para o custeio e a manutenção da máquina pública, não tendo capacidade de enfrentar aquilo que efetivamente é caro para os milhões de brasileiros que querem melhorias em infraestrutura. No estado do Pará, estamos em alerta absoluto pelo processo de degradação continuada das contas públicas nos últimos anos”, alegou Helder Barbalho.

Segundo o secretário René Souza, a gestão pegou um déficit orçamentário do governo anterior que compromete bastante a capacidade de endividamento. “E reduz nosso poder de contrair empréstimos para investimentos. Estamos com planejamento, trabalhando para reverter esse quadro, mas exigirá muito esforço da nossa equipe”, ressaltou o gestor durante o evento.

Reforma da Previdência é o caminho – Para os governadores e membros do Governo Federal que estiveram presentes, está claro que somente com uma reforma do atual sistema da Previdência Social e das previdências de servidores municipais e estaduais haverá um real ajuste nas contas públicas de todos os entes da federação. “Esta reunião faz parte de uma tentativa do Governo Federal de sensibilizar os governadores da importância de aprovação da reforma para as contas públicas”, finalizou Barbalho.

Foto: Alexandre de Paulo/ Rede Pará