Gestão de Edmilson deixa rombo de R$ 155 milhões na saúde pública de Belém.

A equipe de transição que representa o prefeito eleito de Belém, Igor Normando, trouxe à tona um cenário financeiro preocupante relacionado à saúde pública municipal. O grupo apontou um déficit que pode ultrapassar R$ 155 milhões na área, o que deverá demandar medidas emergenciais no início da nova gestão.

Cássio Andrade, vice-prefeito eleito e responsável por liderar o processo de transição pelo lado do novo governo, destacou a complexidade do problema. “Estamos herdando uma prefeitura com desafios fiscais graves. Na saúde, identificamos um déficit considerável, e será necessário implementar ajustes para manter os serviços funcionando sem interrupções”, ressaltou.

A equipe da atual gestão reconheceu a existência de dificuldades financeiras, mas afirmou que a questão do déficit ainda não foi discutida nas reuniões formais da transição. Eles destacaram que todas as documentações e informações sobre contratos, convênios e orçamento estão sendo repassadas de forma organizada para a equipe sucessora.

Outra preocupação central da equipe de Normando é a garantia de continuidade nos contratos essenciais, como a coleta de lixo e o funcionamento de Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo Andrade, a prioridade será evitar qualquer interrupção dos serviços públicos, especialmente nas áreas mais sensíveis para a população.

Em relação à zeladoria e limpeza urbana, foi mencionada a necessidade de avaliar o contrato com a empresa Ciclus Amazônia, que opera o sistema de resíduos sólidos de Belém. A empresa teria solicitado um reajuste contratual, o que pode gerar impacto adicional nas contas municipais.

Apesar das dificuldades, representantes de ambas as equipes reforçaram o compromisso com uma transição harmônica e transparente. Reuniões e termos de entrega têm ocorrido conforme as diretrizes estabelecidas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA), visando assegurar a continuidade dos serviços públicos e a transparência administrativa.

A próxima gestão terá como desafio não apenas resolver o rombo financeiro na saúde, mas também garantir a sustentabilidade dos contratos vigentes e atender às demandas prioritárias da população.