A crise na saúde pública municipal de Belém, sob a gestão do Prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), denunciada pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), em comunicado no site da entidade, traduz um cenário de preocupação para os usuários no município. São problemas que vão desde a falta de insumos e medicamentos até paralisação de prestadores de serviços gerais e escassez de médicos para atendimento de pessoas convivendo com HIV/AIDs.
Acerca do funcionamento do Hospital e Pronto Socorro da travessa 14 de Março, Wilson Machado, diretor do Sindmepa, destaca que “chegam diariamente ao sindicato denúncias de falta de condições de trabalho em função de equipamentos com problemas para funcionamento, em função da falta de medicamentos e insumos vitais para o desenvolvimento do trabalho de assistência aos usuários e uma insatisfação geral entre os médicos pelos constantes atrasos no pagamento dos plantões que lhes são devidos”.
O dirigente sindical observou que ser essa situação muito grave, “porque nenhum profissional pode trabalhar de forma adequada se não está recebendo o lhes é devido. Ele disse esperar que em breve ocorra negociação com a Prefeitura para tratar de reajuste de salários e plantões dos médicos da Sesma.
Na quarta-feira (23), houve paralisação dos trabalhadores de serviços gerais no HPSM 14. A categoria reivindica o pagamento de salários em atraso. Na frente do Centro em Atenção em Doenças Infecciosas Adquiridas(Casa Dia), no bairro da Sacramenta, ocorreu uma manifestação de representantes do Fórum Paraense de ONGs/AIDS, Redes+, Coletivos de Hepatites Virais e Tuberculose, para apontar falhas na política de IST/AIDS e Hepatites Virais no município de Belém. Os manifestantes argumentaram que falta atendimento para a pessoas vivendo com HIV/AIDS atendidas na Casa Dia, e denunciaram que, no serviço de atendimento especializado da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), há somente cinco médicos para cerca de 10 mil pessoas com esse perfil em Belém.