O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou, nesta quinta-feira (1º), na abertura do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), no Hangar, em Belém, as ações do Estado para fomentar a bioeconomia, setor que tem potencial de geração de receitas de 30 bilhões de dólares, até 2040 no Pará, além de outros 120 bilhões de dólares anuais com a exportação de 43 bioprodutos florestais.
Em seu discurso na abertura do evento, que também contou com a participação da vice-governadora Hana Ghassan, e do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, o chefe do Executivo Estadual destacou a implementação do Plano Estadual de Bioeconomia, pioneiro no Brasil, e as ações que fomentam o setor.
O governador falou sobre a abertura de uma linha de crédito via Banco do Estado do Pará (Banpará), chamada “Banpará Bio”, que já está em operação, além da construção do Centro de Inovação em Bioeconomia, que integra o Parque Estadual de Bioeconomia, em Belém.
“Abrimos linha de crédito no Banco do Estado do Pará chamada Banpará Bio, com um fundo garantidor para alavancar o acesso a financiamento para propriedades de até 100 hectares, para que a agricultura familiar possa completar a sua renda a partir da bioeconomia, colaborando de forma decisiva para a geração de empregos verdes e sustentáveis. Além disso, estamos construindo o Parque de Bioeconomia, um grande centro para que possamos recepcionar incubadoras e empresas que possam construir conosco este novo tempo”, disse o governador Helder Barbalho.
O Bioeconomy Amazon Summit (BAS) é promovido pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil e pela empresa de venture capital KPTL, com apoio do governo do Pará por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A cerimônia de abertura contou com a participação de Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, Renato Ramalho, CEO KPTL e Flávia Martins, CMO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.
Na ocasião, Helder Barbalho também destacou que o Plano Estadual de Bioeconomia, elaborado pelo Governo do Pará, é o primeiro do Brasil e que faz parte de uma política de estado.
“No Pará, criamos a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas, com uma lei, portanto trata-se de uma política de estado e não de governo. Nela, definimos metas e estratégias como o Plano de Bioeconomia, por meio do qual passamos a escolher bioeconomia como uma nova vocação. Na COP do Egito nós lançamos o PlanBio e coincidentemente um dia dos após o meu pedido do presidente Lula para que pudéssemos candidatar o Brasil realizar a COP 30 em Belém, o que foi prontamente aceito, e aqui estamos nessa caminhada para fazer a COP mais extraordinária que será no ano que vem em Belém do Pará”, informou.
O governador também abordou o potencial de geração de receitas a partir da bioeconomia levantado pelo PlanBio. “O Plano de Bioeconomia trouxe um levantamento que destaca um potencial de geração de receitas com produtos da bioeconomia no Pará de 30 bilhões de dólares até o ano de 2040, além de outros 120 bilhões de dólares anuais com a exportação de 43 bioprodutos florestais. Portanto temos um horizonte de oportunidades para que possamos gerar emprego, renda e novas soluções e é nisso que nós acreditamos”, disse.
“Precisamos construir soluções baseadas na natureza para encontrar caminhos sustentáveis para a nossa região, provocando novas economias que possam conciliar desenvolvimento com geração de benefícios e valorização dos povos ancestrais”, complementou.
Sobre a 30ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30, que será realizada na capital paraense no ano que vem, Helder Barbalho destacou as oportunidades que o evento representa. ”A COP 30 será uma oportunidade de consolidação de um pacto global da sociedade brasileira, dos líderes do planeta, compreendendo que as urgências climáticas precisam ser enxergadas como um chamamento para um novo paradigma que possa garantir um futuro sustentável cuidando das pessoas”, disse.
Mauro O’de Almeida, titular da Semas, adiantou que cerca de 250 empreendedores já manifestaram interesse no Parque de Bioeconomia.
“Já temos cerca de 250 empreendedores esperando o Parque de Bioeconomia para usufruir dos serviços que vamos proporcionar e aqui neste evento temos uma excelente oportunidade para que empreendedores e investidores se conectem e possam escalar a bioeconomia”, disse o secretário.
“Para o nosso Centro de Inovação da Bioeconomia, no Porto Futuro II, entre as 250 empresas interessadas, temos muitas do Pará, mas também temos de outros estados como Acre e Amazonas, o que demonstra o enorme potencial deste equipamento. Hoje, o nosso desafio é que a logística aconteça e essa oportunidade nos ajuda a trabalhar isso”, concluiu o titular da Semas.
Informações: Agência Pará