No distante estado do Pará – pelo menos do centro de comando das valiosas e influentes corporações que lá atuam – o governador Helder Barbalho (MDB), filho do senador e emedebista histórico Jader Barbalho, desponta como uma promessa. Unindo de petistas a bolsonaristas na gestão dele, abraçou um padrão clássico de governo: liberal na economia, socialmente sensível, baseado em obras públicas e alianças parlamentares; mas aderente ao perfil de político que a sociedade tem demandado: autêntico e informal, que fale diretamente a ela, que mostre vontade de resolver os problemas das pessoas comuns e presente na hora dos fatos negativos (como no desabamento da ponte da Alça Viária, em que respondeu imediatamente por meio de uma live no local).
Em outras palavras, Hélder Barbalho convoca a população à “curtir” um projeto real (e tradicional). Se produzir bons resultados simbólicos (temas culturais) e socioeconômicos, reunirá condições de se apresentar como um establishment político modernizante e reciclado, exatamente pelo sobrenome que carrega.
Os três são novos, experientes e tem linhagem política, provém de estados com poder econômico importante no PIB nacional ou estrategicamente diferenciados e podem frear, pela refundação do social-liberalismo globalista, a ala conservadora deste, a ascensão da nova direita, como ocorreu nas eleições do parlamento europeu, embora Maia esteja mais para uma oxigenação da centro-direita tradicional do que para a aliança liberal do Velho Continente.
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