Ministério Público investiga Prefeitura por show de Manu Bahtidão com simulação de orgia; cachê foi R$190 mil.

Um show da cantora Manu Batidão realizado no município de Estreito, no Maranhão, tem causado polêmica e agora é alvo de investigação pelo Ministério Público do Estado. O evento, que custou R$190 mil aos cofres públicos, teve cenas de simulação de orgia, o que levantou críticas e indignação da população.

“O evento foi aberto ao público em geral, contando com a presença de inúmeros menores de idade no local, sem qualquer fiscalização ou adoção de medidas pelas autoridades locais”, apontou uma portaria do Ministério Público, que instaurou uma investigação criminal do evento.

O Ministério Público também irá investigar a participação do próprio prefeito de Estreito, Léo Cunha (PL), que aparece no palco, com sinais de embriaguez, e recebe um lenço passado nas partes íntimas da cantora.

Após beber no palco, prefeito Léo Cunha (PL) recebeu um lenço passado nas partes íntimas da cantora Manu Bahtidão e comemorou

“Durante o show, os artistas integrantes da banda Manu Bahtidão protagonizaram cenas de cunho sexual em cima do palco, inclusive com a presença do Prefeito no palco, tendo este, surpreendentemente, classificado o show como um dos melhores da história do município em suas redes sociais e da Prefeitura de Estreito… (…) agindo de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”, declarou o MP.

VEJA O VÍDEO:

O MP investigará possíveis crimes de: 

  • infração político-administrativa; 
  • fraude em licitação, decorrente à contratação do show, que teria sido feita sem licitação; 
  • incitação às drogas. 

Em um dos vídeos do dia do show postado nas redes sociais, o dançarino Richarles Silva – que faz parte da banda Manu Bahtidão – aparece na casa do prefeito e bebe uma garrafa com um líquido que ele chama de “cachaça com maconha”. 

A bebida foi oferecida pelo produtor musical e marido de Manu Bahtidão, Anderson Halliday.

Richarles Silva postou nas redes sociais que estava na casa do prefeito Léo Cunha e provou, no local, uma ‘cachaça com maconha’

Essa não é a primeira vez que o show da cantora repercute por conta de cenas inapropriadas. Em junho, durante uma festa junina promovida pela Prefeitura de Santa Izabel do Pará, na região metropolitana de Belém, também foram registradas cenas de natureza sexual explícita no palco, com a participação de um bailarino associado à artista Manu Bahtidão.

As imagens dessas cenas circularam amplamente pelas redes sociais e geraram grande repercussão, sendo consideradas grotescas, imorais e inadequadas, especialmente por serem exibidas em eventos frequentados por crianças.

Informações: G1MA