Moju- O primeiro embate entre Helder e Miranda.

Os ensinamentos da eleição suplementar do Moju ontem, nos ajudam a ver melhor o cenário das eleições de outubro. Onde Helder Barbalho ajudando eleger Nilma Lima (MDB) já sai na frente derrotando o candidato Edilson Cheira Flor (PSDB) de Simão Jatene e Márcio Miranda.

Como diria o nosso amigo Diógenes Brandão: “…essa eleição do Moju tá uma novela…”

Isso mesmo, uma novela que pode ter um final emocionante em outubro, pois analisando o cenário e fossemos bater uma foto do resultado da Eleição Suplementar em Moju e a comparássemos com a Eleição para o Governo do Estado, veríamos cenas de próximos capítulos.

Dois grupos de Poder no Moju

Mas porque digo isso? É bem simples, se levarmos em consideração que na eleição para prefeito em 2016 a chapa de Ie-iê (PSDB) teve 18.283 votos e Nilma Lima (MDB) 17.173, poderíamos fazer uma conta básica de subtração e vamos constatar que a diferença dos votos foi de 1.110 votos.

Bom, no segundo turno do processo eleitoral de Moju, agora em 2018, a ex-deputada, Nilma Lima obtém 94,49% dos votos válidos, ou 19.511, mas se fossem contabilizados os votos de Edson Cheira Flor, o candidato teria em torno de 18.574 votos, voltando novamente para calculadora perceberemos que a diferença da eleição passada diminui para 937 votos, sendo que dessa vez Nilma é quem ganha.

Foram contabilizados 11.141(21,97%) de ausência daqueles que nem quiseram saber de eleição e ficaram em casa assistindo os jogos da Copa do Mundo.

Rapaz, sabemos que a vitória de Nilma, além de várias estratégias que a fez segurar os votos da eleição de 2016, houve trapaça, e em política as trapaças são válidas com aval da Justiça Eleitoral, e assim Edson Cheira Flor e Jamilson tiveram a chapa impugnada pela Tribunal Regional Eleitoral, às vésperas da eleição. Era tudo que a campanha de Nilma queria para crescer e vencer.

1X0 para os Barbalhos 

Mas o que tudo isso tem a ver com a eleição para governador? Simples: o que ficou nítido foi à divisão em Moju de dois grupos políticos que representam o cenário da disputa governamental.

Se fosse uma partida da Copa do Mundo, de um lado teríamos Iran e Nilma Lima, time ligado umbilicalmente e armados pelo técnico Hélder e sua família, e do outro, a equipe Iê-iê e Cheira Flor, treinados por Simão Jatene e Márcio Miranda, pré-candidato governista.

São dois blocos que tiveram o seu primeiro embate em Moju. E uma coisa é certa: o grupo derrotado não vai querer perder em 07 de outubro, e os 21,97% dos ausentes na eleição serão caçados imperdoavelmente pelas margens do Rio Moju.

Se olharmos por cima das margens, claramente veremos um Estado rachado a partir de agosto, onde as pesquisas, as trapaças jurídicas e os Fake News não cessarão.

Apesar de que a campanha para o governo do Estado já começou há muito tempo, vamos ver o episódio do Moju como a primeira batalha feita. Capítulos não faltarão nessa jornada, que de ficção não tem nada.

Reinaldo Araújo-Espaço Aberto/ Foto: Google Imagem/ Blog do Sávio Barbosa.