O que era para ser mais uma tarde de festa no pré-Carnaval de Belém acabou em bate boca, envolvendo o senador Paulo Rocha (PT/PA) e um grupo de simpatizantes do partido. A confusão começou quando o grupo que desfilava no bloco “Os Petralhas” encontrou o senador na praça do Carmo, no bairro da Cidade Velha. Entre os brincantes estava a professora de História Maíra Maia, 40 anos. Militante de esquerda, crítica do governo de Jair Bolsonaro, Maíra estava fantasiada de “Barbie Fascista” e exibia uma placa com os dizeres “O PT Acabou com minha vida”. O meme da “Barbie Fascista” viralizou durante a campanha eleitoral para Presidência. Ironiza jovens brancos, de classe média que reclamam de políticas de distribuição de renda e se ressentem com as agruras típicas da classe média como o trabalho na empresa do pai. “O bloco é uma sátira e a gente sempre escolha fantasias com cunho político”, explica a professora que defendeu tese de doutorado sobre o escritor Dalcídio Jurandir. Maíra contou à Conexão AMZ que ao ver o senador na Praça foi cumprimentá-lo, mas foi recebida com xingamentos “Ele disse que eu fazia parte da elite exploradora do País”. O clima pesou, houve bate boca e o senador foi tirado do local. O incidente repercutiu nas redes sociais. Paulo Rocha foi acusado, pelos próprios petistas, de não ter entendido a fantasia. Adversários do senador foram mais longe e revidaram com xingamentos. Na noite deste domingo, Paulo Rocha falou com a Conexão AMZ. Disse estar triste com o episódio e afirmou que sua intenção não era se dirigir à Maíra, mas a um desconhecido que, no meio grupo, o chamou de “senador babaca”. Disse também que já vinha se sentindo hostilizado no local por isso, quando encontrou o grupo de Maíra, já estava deixando a praça. Paulo Rocha negou também estar alcoolizado. “Tomei apenas duas caipirinhas”.
Fonte: Conexão AMZ