No dia internacional do Enfermeiro foi marcado por protestos em Belém.

No combate incansável na linha de frente da pandemia do novo coronavírus, uma das categorias mais atingidas e necessárias nos últimos tempos é a de profissionais da área da enfermagem. Hoje, 12 de maio, é o Dia Internacional, e no Brasil, Dia do Enfermeiro.

A categoria, contudo não faz do momento apenas comemoração e fez o dia de hoje também de atos, presenciais e virtuais, em defesa de melhores condições de trabalho. Uma carreata em Belém saiu da Escadinha da Estação das Docas às 8h rumo à Aldeia Amazônica, no bairro da Pedreira.

Danielle Cruz Rocha, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) afirma que a maior e mais longa reivindicação dos profissionais da Enfermagem, incluindo ainda auxiliares e técnicos, além de enfermeiros, é a regulamentação da jornada de trabalho, em curso desde 1955, quando a profissão foi regulamentada em lei federal. “A legislação que indica as atribuições dos profissionais da Enfermagem, que já é de 1986, também não trata sobre jornada, então é uma luta antiga”, afirma.

DEMANDAS

Outras demandas abordadas durante as manifestações desta quarta-feira se referem ainda a regulamentação de um piso salarial, de obrigatoriedade de espaços para descanso adequado – é bastante comum a inexistência de locais do tipo em ambientes onde profissionais da Enfermagem enfrentam plantões de 12h/24h. 

“Descansar embaixo de balcão, às vezes até no chão, infelizmente, ocorre muito. A gente quer chamar a atenção para a necessidade de valorização desses trabalhadores”, reforça a presidente do Coren-PA, lembrando que justamente no primeiro ano da pandemia, 2020, foi considerado, pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ano da Enfermagem.

No Pará, são 83 mil com cadastro ativo, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares. Segundo Danielle, no Brasil, 81% desses trabalhadores ganham até R$ 3 mil, somando às vezes três, quatro empregos simultâneos. “Ocorre de, no dia de folga, aproveitar para fazer um plantão, para complementar a renda. Para ter condições mínimas de sustentar a família, esse profissional tem dois, três empregos, o que compromete a qualidade de vida e também do serviço prestado”, atenta.

Informações DOL