No Papão, a ordem é se proteger enquanto durar a pandemia.

Embora não tenham recebido férias antecipadas, como ocorreu em diversos clubes brasileiros, alguns jogadores do Paysandu, autorizados pela diretoria do clube, resolveram retornar às suas cidades de origens, onde estão aguardando o reinício do Parazão, suspenso após a oitava rodada por causa da pandemia do Covid-19. O atacante Vinícius Leite, por exemplo, se encontra em uma fazenda no interior de Goiás, conforme revelou a sua assessoria. Já o zagueiro de área Perema viajou para a comunidade cujo nome é adotado pelo atleta.

O defensor acredita que ficando distante de centros mais populosos, como Belém e Santarém, município onde fica a comunidade Perema, corre menos risco de contrair a doença. O atleta tem a companhia da mulher e dos filhos, o último deles nascido há poucos meses. “Aqui, por ser um local mais distante, a circulação de pessoas é bem menor”, contou o jogador à reportagem. Mesmo se encontrando no local onde nasceu e tem familiares, o zagueiro contou que evitou o contato com os pais.

“Eles são do grupo de risco pela idade que possuem e a recomendação é para que a gente evite o contato”, explicou. O zagueiro informou que mesmo tendo deixado a capital paraense seguirá trabalhando fisicamente para manter o condicionamento físico. “Vou continuar seguindo as orientações que foram passadas pela comissão técnica”, afirmou. Ele não esconde o desejo de voltar o quanto antes a disputar o Parazão. “O desejo de entrar em campo novamente é muito grande”, garantiu.

Mas não é só a falta dos jogos do Estadual que estão fazendo falta ao defensor. “A própria convivência com os companheiros nos treinamentos, a nossa rotina de uma maneira geral, faz muita falta”, assegurou. Mas Perema, assim como todo mundo, não tem certeza de quando voltará a ter uma vida profissional normal. “Isso, infelizmente, vai depender da eliminação desse vírus”, lembrou o atleta.