O grito da oposição melancólica na Câmara de Belém.

Seja na base ou na oposição, o vereador Mauro Freitas (PSDB) nunca aproveita as chances que tem de ficar calado. Totalmente empenhado em ser a personificação da viuvez tucana na Câmara de Belém, depois de anos rasgando o regimento como “presidente” do parlamento, levou toco de quem pôde na sexta-feira passada durante a votação do Bora Belém.

Fernando Carneiro (PSOL), agora da base aliada, disse a quis ouvir que das emendas que tentaram melhorar o projeto que cria o programa de renda mínima, nenhuma era de Mauro. E teve que engolir um “aceita que dói menos” quando o pesolista disse que no oitavo dia de mandato de Edmilson os vereadores aprovaram um mecanismo que Zenaldo teve oito anos para fazer- e não fez porque não tinha interesse.

Foi até engraçado Freitas se dizer preocupado porque o projeto que cria o “Bora Belém” não especificava de onde vem o remanejamento dos recursos- e na verdade dizia sim, o vereador é que mostrou de novo que, no terceiro mandato, ainda não sabe lé com cré do trabalho que é muito bem pago, e com dinheiro público, para fazer. “E se vier do lixo, do manejo do resíduo sólido? Belém está só lixo”, exclamou o viúvo. O vereador Emerson Sampaio (PP) também recentemente reeleito, não se aguentou e subiu na tribuna para perguntar: mas o senhor andou em Belém só agora, a cidade tá só lixo há muitos anos! Silêncio constrangedor de Mauro Freitas e alguns que prometem fazer uma oposição melancólica pela vergonha que foi a gestão tucana em Belém.