Tem certas coisas que, confesso, dá uma tremenda preguiça de escrever sobre elas. Mas, às vezes, não dá para escapar da missão de informar. Afinal, na vida não dá para fazer somente o que nos agrada. Bom seria se assim fosse, mas assim não é.
Nos últimos tempos, um desses assuntos que me aborrecem muito é a política partidária. Devidos suas reviravoltas, ingratidão e imoralidade de descontruir fatores táticos grupais em questão de favorecimento pessoal e único.
Apesar de todos os sinais da população sobre a necessidade de mudanças profundas nessa área, o comportamento dos políticos brasileiros continua o mesmo, com raríssimas exceções que servem tão somente para confirmar a regra.
Não obstante a atual execração pública da classe política nacional, os interesses pessoais e partidários continuam sendo colocados em primeiro lugar. Ainda que para o distinto público o discurso seja outro, por motivos mais do que óbvios.
Escrevi, na manhã de hoje (15), no Blog em questão dos Bastidores Político do Pará, sobre o embaraço formado no grupo do governador, inclusive da repentina mudança do Presidente da Alepa, Márcio Miranda em não querer ser mas o candidato a governo e sim, ao senado, onde era um projeto que já vinha sendo construindo a bastante tempo, inclusive pelo nobre deputado Cássio, e seu partido na contribuição de retaguarda (leia AQUI: https://saviobarbosapa.blogspot.com.br/2018/02/bastidores-da-politica-marcio-miranda.html) Mas acredito que mexeu e chegou aos ouvidos do governador, tendo-lhes uma chamada pra saber sobre essa conversa feita na calada da noite por suas costas.
Tão logo o texto foi ao ar, uma nota assinada pela Assessoria de Comunicação (Ascom) do deputado estadual Cássio Andrade do PSB desmentindo a existência das fontes e composições feita pela conversa deles naquele momento.
Sigamos. Na nota, a principal estratégia para negar a veracidade da informação foi dizer em palavras essas tão “chulas” e “irresponsáveis” por parte de uma composta dita assessoria de um parlamemtar, e que os “fofoqueiros de plantão” alegam em seus blogs “campeões de notícias falsas” e “Fake News”.
Sempre que vejo uma negativa de um político pego com a mão na botija, já fico com um pé atrás. Boa parte dessa gente é useira e vezeira em manter dois discursos: um para o eleitor e outro para os íntimos. Por isso, de quando em vez, são pegos por gravações sorrateiras que lhes expõem as vísceras em praça pública. Ou por vazamentos feitos por interlocutores que eles tinham (ou têm) como da maior confiança.
Então, porque a reação azeda quanto à nota publicada ontem aqui? Se desconfiança das conversas rotineiras feitas nas mesas e rodas política não é verdade em questão que Márcio ficaria de lado com a decisão “inescrupulosa” da cúpula Jatene em não lhe dá as condições necessárias acordadas de ser o candidato ao governo. Não era preciso o tom jocoso e mal-educado da nota de resposta do deputado intermediando a esclarecer, se defenda atacando o Blog, que, penso, já não deve ser para ele “fonte de boas informações”.
Já dizia os ditados; “Que quem muito se defende – ou o faz com muita veemência – é porque tem culpa no cartório” ou “Onde há fumaça há fogo”.
Para terminar, uma informação importante para os leitores. A fonte utilizada pelo Blog é de dentro das cozinhas do governador e da Alepa e de muitos que tem entrada por outras cozinhas do meio político.
Ainda que recebamos pancada de todos os lados, continuaremos a publicar, sempre nos limites da ética jornalística, tudo o que entendermos de interesse público. E fatos como as negociações pré-eleições são do interesse da coletividade. Afinal, os políticos são todos candidatos a gerir o nosso suado dinheirinho e os destinos desta sofrida nação.
O eleitor quer saber. O eleitor precisa saber. E, no que depender deste humilde Blog, o eleitor irá saber. Se a fonte for confiável e a informação for importante, o Blog publicará. Sempre. Doa a quem doer.
Aos excelentíssimo senhores, deputado Cássio Andrade e Márcio Miranda (e aos demais), reafirmamos a disposição de oferecer este espaço para cada resposta que entendam ser necessária quanto ao conteúdo aqui publicado. Estamos abertos ao contraditório de tudo o que escrevemos, sem exceção. Não temos a pretensão de nos achar donos da verdade e imunes ao erro. E não hesitaremos em corrigir qualquer informação, a qualquer tempo, desde que esta esteja comprovadamente errada.
Por esse motivo, o Blog reafirma os termos das notas sobre a possibilidade de coligação sim de partidos hoje adversários, confiabilidade da fonte e por refletirem o atual quadro político-partidário do Estado, visto no dia a dia, nas redes sociais, nos veículos de comunicação tradicionais e nas próprias ações das principais personagens do cenário eleitoral deste ano.
Por fim, sugerimos aos políticos que cuidem melhor de suas cozinhas, selecionem bem seus interlocutores e não falem nada (nem dormindo!) que não queiram que o público tome conhecimento. Caso contrário, os vazamentos podem acontecer e isso não é culpa da Imprensa. E nem é responsabilidade de jornalistas manter segredos da política misteriosa política praticada por alguns.