O prefeito isolado e o fim de um governo melancólico e desastroso em Belém.

A gestão de Zenaldo, sem sombra de dúvida ultrapassa todos os limites quando se fala em improdutividade. Hoje tido como uma das gestões mais rejeitadas perante a opinião pública, ultrapassando os índices do governo passado de Duciomar Costa, que já foi até condenado a prisão. A situação de Belém é triste e lamentável, parece que ai decorrer desse tempo de governos, não se ver nossa capital evoluir, vemos milhões serem gastos com propaganda e marketing nos veículos de comunicação da Prefeitura, mas que na prática, a realidade é outra. Não precisa ir à periferia para perceber que os trabalhos de tapa-buraco e o asfalto ainda não chegaram por lá.

A situação é visível que o problema da buraqueira está presente nas principais vias da cidade, onde o fluxo é intenso, causando trans-tornos a motoristas, pedestres e ciclistas. Uma delas é a avenida Augusto Montenegro, que recebeu nos últimos anos as obras do BRT e até hoje é impactada pelos trabalhos que ainda não foram concluídos. Recentemente ele chegou no auge de uma administração perdida e mal conduzida no preparo de combater a pandemia. Todos lembram, no pico da pandemia a gestão de Zenaldo fechou as portas de 2 UPAs, fechou UBSs, não contratou os médicos Cubanos, teve paralisação de profissionais da saúde por falta de equipamentos. E o pior e inacreditável, ainda entrou na justiça pra fechar o funcionamento do Abelardo Santos por conta de uma briga política que tem com o Governo do Estado.

Inegavelmente a gestão de Zenaldo em Belém é desastrosa. Tanto que esse foi o principal argumento do então governador Jatene para não alçá-lo à disputa estadual, tamanho era o seu desgaste. Sendo assim, tornou-se uma “presa” fácil aos adversários, sobretudo aos que dominam os principais veículos de comunicação.

A situação dele é tão crítica, considerado o pior prefeito de Belém das últimas décadas, preteriu mais uma vez um “puro-sangue” da legenda e ungiu o bibelô tucano postiço deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania) para sua sucessão, só que nem ao lado dele aparece na campanha, sabendo do desgaste e do grande risco eleitoral que Araújo sofrerá.

Os tucanos e aliados governam Belém, desde 2005, duas gestões de Duciomar Costa e mais duas que chega ao fim ano que vem de Zenaldo. Nas duas últimas eleições, a disputa ficou entre o PSDB e o PSOL que aglutinou o campo mais à Esquerda, em torno de Edmilson Rodrigues. Nas duas, os tucanos levaram a melhor. O MDB aparecia como uma terceira força, mas sem apresentar reais possibilidades de vitória em Belém. 

Agora o cenário é diferente, e por vários fatores: primeiro está relacionado ao alto nível de rejeição que o prefeito Zenaldo ostenta. Como falei, é considerado o pior gestor que passou por Belém nas últimas décadas. O segundo ponto está associado ao MDB, hoje, o partido mais poderoso do Pará que já tem como o principal candidato e já no segundo lugar nas pesquisas o deputado Priante. Além do partido possuir o maior número de prefeituras (42) e detém a máquina estadual e deverá aumentar consideravelmente a sua musculatura eleitoral nas disputas municipais. Os maiores colégios eleitorais do Pará estão na mira do governador, pois esse cenário municipal de supremacia medebista poderá tornar muito mais fácil para a reeleição de Helder, em 2022.

Enfim, é notório o isolamento e a chegada de um fim político melancólico para ele. sem exagero, já havia ali uma análise sobre o que poderia acontecer futuramente com Coutinho na esfera política. Zenaldo deixou a comodidade de Brasília e cinco mandatos de deputado federal, e teria tranquilamente outros futuros na capital federal, para ser candidato a prefeito de Belém. A estratégia era clara: fazer um bom primeiro mandato, conquistar a reeleição e depois suceder Simão Jatene no governo do Estado. Porém, ninguém poderia imaginar péssimo nível de gestão que Coutinho iria promover na PMB. Como sabemos que Zenaldo sempre foi um bom viajante, como lugares de melhores requintes, e sabendo o desinteresse até de sua esposa em morar na capital, já se prepara para morar na tão sonhada Espanha ou Portugal, lugar esse que tanto já frequenta. Enquanto isso, deixará seu grupo e aliados no fogo do cenário político eleitoral em Belém depois da visível derrota que vem pela frente.