Em uma manobra que pegou a população de Ananindeua de surpresa, o prefeito Daniel Santos anunciou, no Diário Oficial desta quarta-feira, 8 de janeiro, a exoneração de uma vasta lista de servidores públicos, incluindo secretários e procuradores. Devido o rombo milionário que se encontra a Prefeitura de Ananindeua. A decisão abrupta levanta questionamentos sobre as reais intenções por trás dessa “reformulação” administrativa.
Fontes internas da prefeitura, que preferiram não se identificar, sugerem que o prefeito Daniel busca substituir profissionais experientes por aliados mais próximos, transformando a administração municipal em um palco de marionetes sob seu controle absoluto. Essa estratégia, segundo críticos, visa consolidar um poder centralizado, eliminando qualquer forma de oposição interna.
A insatisfação entre os servidores não é novidade. Em outubro de 2024, o prefeito aprovou um reajuste significativo para seu próprio salário, enquanto os servidores municipais não receberam nenhum aumento, gerando tensões internas. Agora, com as exonerações em massa, o clima de insegurança e desvalorização só se intensifica. Essa prática pode comprometer a eficiência dos serviços prestados à população e minar a confiança nas instituições municipais.
A crise financeira da gestão de Daniel Santos também traz um pano de fundo importante para essas exonerações. Com uma dívida de mais de R$ 42 milhões com empresas de coleta de lixo mais empréstimos e um endividamento total da prefeitura que ultrapassa R$ 600 milhões, muitos veem a reformulação como uma tentativa desesperada de reduzir custos à custa da estabilidade administrativa. Outros sugerem que a manobra visa ocultar falhas graves na gestão, transferindo responsabilidades para os novos servidores que assumirão os cargos.
Em tempos onde a democracia e a transparência deveriam ser pilares da administração pública, atitudes como essas lançam sombras sobre o futuro de Ananindeua, deixando no ar a pergunta: a quem realmente serve o poder municipal?