Evento único do setor na Amazônia, a Feira da Indústria do Pará (Fipa), realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), chega à sua 16ª edição contando novamente com o apoio do Governo do Pará, e aberta ao público desde a noite desta quarta-feira (22), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Representando o governador Helder Barbalho, a vice-governadora Hana Ghassan discursou durante a cerimônia, que contou com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, dentre outras autoridades.
A participação do Governo do Pará na programação, que segue até sábado (25), conta com a presença das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Turismo (Setur), da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), do Banco do Estado do Pará (Banpará) e da Companhia de Gás do Pará.
Em sua fala no ato solene, Hana Ghassan exaltou a diversidade de participantes nos estandes, e avaliou que ali é possível ter uma pequena amostra do grau de competitividade da produção paraense.
“O estado do Pará demonstra que é possível produzir preservando. E a iminência da realização da 30ª Conferência das Partes, a COP 30, tem atraído olhares do mundo e também investimentos para nossa capital e para o nosso Pará, dessa forma fortalecendo diversos segmentos da economia, e a indústria é um deles, a construção civil é um deles. Com o volume de investimentos realizados em nossa capital e em todo o Pará, o setor industrial cresce cada vez mais, então a gente fica muito feliz de ver um evento como esse”, declarou a vice-governadora.
Após a fala, a vice-governadora entregou a Geraldo Alckmin e ao presidente da Fiepa, Alex Dias Carvalho, camisas oficiais da COP 30.
De Salvador, na Bahia, onde participou da abertura do III ESG Fórum Salvador, o governador Helder Barbalho enviou uma mensagem em vídeo apresentada durante a cerimônia de abertura. Na gravação, o chefe do Executivo paraense dá boas-vindas a Alckmin, aos participantes, empresários e representantes do setor produtivo.
“Parabenizo a escolha do tema deste ano, ‘Negócios e Sustentabilidade na Amazônia’. É fundamental falarmos sobre esta temática, uma vez que sediaremos a COP 30, a COP da Floresta, quando poderemos falar ao mundo sobre a importância da floresta viva e de nossa gente. Desejo muito sucesso, grandes negócios e pujança à indústria sustentável do estado do Pará”, declarou Helder Barbalho.
Geraldo Alckmin, acompanhado da esposa, Lu Alckmin, revelou que nunca tinha vindo a uma edição da Fipa, e afirmou que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), lei sancionada esta semana pelo Executivo federal, é boa notícia para um estado na iminência de receber o maior evento climático do planeta, e que mexerá de forma sensível com a economia de todo o Estado.
“É desoneração para eventos, turismo, serviços, e logo mais Belém receberá a COP 30. Também haverá a desoneração para 17 setores da economia, que são os que mais empregam: construção civil, transporte, indústria, comércio e apoio aos pequenos municípios, com redução de contribuição sobre folha de 20% para 8%. A gente chega a esse evento com boas notícias que é para a economia andar mais depressa”, detalhou Alckmin, que além da vice-presidência da República acumula o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Participação – No estande institucional, o visitante pode conferir junto à equipe técnica da Sedeme sobre as normas para a concessão de incentivos fiscais do governo do estado que contribuem para o desenvolvimento do setor industrial do Pará. Essa política se destina às indústrias do pescado, agropecuária, agroindústrias e indústrias em geral, favorecendo a verticalização das cadeias produtivas.
Além das diretrizes sobre incentivos, a Sedeme, por meio da equipe técnica de sua Diretoria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, atuará nos quatro dias do evento. No estande do governo estadual, o público poderá buscar orientações sobre as ações de apoio ao setor de indústria, comércio e serviços e micro e pequenas empresas, e ainda informações específicas para apoiar empreendedores e empresas que promovam os produtos paraenses do mercado nacional e internacional.
O apoio inclui iniciativas voltadas para micro e pequenas empresas (MPEs), como a gestão eficiente dessas empresas, criando estratégias para o desenvolvimento econômico e suporte aos pequenos negócios em colaboração com os parceiros. Serão apresentadas durante a Fipa as ações voltadas aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), caracterizados pela concentração geográfica de empresas, fornecedores, instituições de apoio e outros agentes econômicos interconectados em um mesmo setor ou cadeia produtiva.
O secretário em exercício da Sedeme, Carlos Ledo, enfatiza que a pasta tem como missão desenvolver e implementar, de maneira sustentável, políticas de desenvolvimento econômico, minas e energia no Estado do Pará.
“Isso inclui traçar planos e programas relacionados à indústria, comércio, serviços e recursos naturais, coordenando ações com outros órgãos do Poder Executivo. Quanto ao evento, a Fipa funciona como uma vitrine que apresenta o potencial dos produtos e serviços da base econômica paraense. Durante a realização da feira, é possível conferir tudo o que é produzido pelas empresas que compõem o setor produtivo do Pará. Além disso, o evento apresenta as novas tecnologias de mercado e oferece um ambiente propício para a realização de negócios promissores”, ressaltou o secretário.
Já a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) destaca as atividades voltadas para o desenvolvimento econômico do Pará e os benefícios ofertados para quem adquire uma área incentivada.
Para o presidente da Companhia, Lutfala Bitar, a feira proporciona um excelente ambiente de negócios. “A Fipa é um espaço voltado para grandes oportunidades. Lá estarão empresas de vários segmentos, então será possível conhecer um pouco mais sobre o que o governo do estado pode oferecer aos empresários que desejam investir no Pará. Temos quatro grandes distritos industriais localizados em pontos estratégicos, com logística privilegiada. Vamos apresentar o primeiro condomínio industrial do Norte do país, que está sendo construído em Castanhal, e que certamente trará muitos benefícios aos investidores, mas também à população do nordeste do Estado, oportunizando mais emprego e renda”, enfatizou o presidente.
O Estado concede incentivos fiscais por meio das Leis nº 6.489, de 27 de setembro de 2002, e 6.912, 6.913, 6.914 e 6.915, de 03 de outubro de 2006. As normas buscam, com outras ações e medidas governamentais, a consolidação de um processo de desenvolvimento econômico moderno e competitivo, socialmente mais justo e sustentável, com maior internalização e melhor distribuição de seus benefícios.
As empresas que aderem ao programa recebem incentivo fiscal de 50% a 95%, tendo como prazo de fruição no mínimo sete e no máximo 15 anos, podendo ser prorrogada até o limite de mais 15 anos, totalizando 30 anos.
Já o titular da Semas, Mauro O’de Almeida afirmou que este é o tipo de programação propícia para abordar temáticas como ESG, meio ambiente, governança, transição energética e outros assuntos relacionados.
“Estamos falando de COP30, de bioeconomia, de uma indústria verde. E é importante a gente estar aqui para passar o nosso recado, fazer o atendimento, dizer qual é o nosso papel nesse contexto que tem a ver com o tema deste evento aqui. A gente está feliz de poder fazer essa parceria. Quem vai financiar a nova economia é a economia presente. E essa economia presente também é a economia da indústria”, finalizou o secretário.
Informações: Agência Pará