Prisão ilegal e eleitoral.

A prisão temporária do ex-senador Luiz Otávio Campos, nesta quinta-feira 9, é ilegal e não está ligada com a “Operação Lava Jato”. Fatos antigos, sem nenhum risco processual novo e completa ausência de contemporaneidade. O inquérito, foi instaurado em 2014 e estava há dois anos sem nenhuma movimentação. 
A operação de hoje da PF tem viés meramente eleitoreiro. A própria juíza da 1ª Zona Eleitoral que determinou a ordem de prisão, diz que Ministro do STF, Edson Fachhin, relator do processo no STF, e o Ministro Alexandre de Moraes “não identificando que se tratava de situação afeta a Operação Lava Jato”, encaminhou o processo para a Justiça Eleitoral do Pará.
Falta de Provas 
A denúncia é baseada numa delação premiada de executivos da Odebrecht que em 2014 teriam feito doações para campanha de vários políticos do Brasil através de caixa 2. No Pará, a quantia teria sido de R$ 1,5 milhão feita a parentes do ex-senador Luiz Octávio Campos em São Paulo. Mas, na própria denúncia da Polícia Federal, relatada pela juíza eleitoral Danielle Bührnhein, não há provas físicas e nem testemunhais comprovando a entrega desses valores. 
O governador do Pará, Helder Barbalho , por diversas vezes já se pronunciou que sua campanha de 2014 recebeu recursos legais da Odebrecht e que todas estão declaradas e aprovadas pelo TRE (http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-2014/prestacao-de-contas-eleicoes-2014). Procurada, a assessoria do governador confirmou que ele não foi alvo da operação e que todas as contribuições recebidas foram declaradas e aprovadas.