O segundo mandato de Daniel Santos à frente da Prefeitura de Ananindeua começa de forma desastrosa, deixando claro o descompromisso da gestão com as necessidades básicas da população. A cidade, a segunda maior do Pará, enfrenta uma grave crise de coleta de lixo, afetando a saúde pública e expondo falhas administrativas que não podem mais ser ignoradas.
Diversos bairros, como Cidade Nova 1, 3, 4 e 7, Paar, Guarujá, Maguary, Distrito Industrial e Curuçambá, estão abandonados há dias, com a coleta de lixo suspensa por mais de uma semana. No bairro 40 Horas, a situação é ainda mais crítica, com moradores convivendo com o lixo acumulado desde março. Essa negligência resulta em ruas tomadas por resíduos, mau cheiro e aumento do risco de doenças.
Enquanto a população sofre, o Portal da Transparência revela a origem do problema: a prefeitura deve mais de R$ 29,4 milhões às empresas responsáveis pela coleta, Recicle e Terraplena. Apenas os serviços de janeiro e fevereiro foram pagos — e mesmo assim de forma parcelada e com atrasos de até sete meses. A falta de planejamento financeiro e a irresponsabilidade na gestão dos contratos colocam a cidade em um estado de calamidade.
Daniel, que prometeu eficiência e compromisso durante a campanha, parece estar mais preocupado com sua imagem do que com os problemas reais da cidade. A falta de resposta concreta por parte da prefeitura só intensifica a revolta da população, que agora vive em um cenário de abandono e descaso.
A crise do lixo em Ananindeua não é apenas um problema pontual, mas um reflexo claro de uma gestão ineficiente e desorganizada. A população exige uma solução imediata e respostas sobre como a prefeitura pretende lidar com os erros que já se acumulam no início deste novo mandato.