De acordo com o Portal da Transparência de Belém, somente no ano passado, a Prefeitura gastou quase R$ 10 milhões em serviços de conservação e manutenção da malha viária na cidade e nos distritos de Outeiro, Mosqueiro e Icoaraci. Os dados pinçados da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) mostram que quem operou com o serviço de tapa-buracos faturou R$ 9.666.200,76 ao longo de 2018.
A Prefeitura mantém no Portal uma programação diária do tipo de serviço na capital, porém, na prática, a realidade é outra. Não precisa ir à periferia para perceber que os trabalhos de tapa-buraco ainda não chegaram por lá.
O problema da buraqueira está presente nas principais vias da cidade, onde o fluxo é intenso, causando trans-tornos a motoristas, pedestres e ciclistas. Uma delas é a avenida Augusto Montenegro, que recebeu nos últimos anos as obras do BRT e até hoje é impactada pelos trabalhos que ainda não foram concluídos.
Você indo até a via percebe as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que precisam trafegar por lá. Não dá para entender. Foi tanto dinheiro gasto e que ainda continua porque a obra não terminou. Até onde a obra terminou, já tem problema. É cada buraco que vai abrindo…se não tomar cuidado, cai. Em ambos os sentidos, os motoristas diminuem a velocidade, fazem malabarismos e chegam até a invadir as calçadas para desviar dos buracos.
Além dos inúmeros buracos, a população ainda enfrenta o problema do alagamento em trechos também onde os serviços já passaram, como, por exemplo, próximo a um shopping. Naquela área, sentido Icoaraci-Belém, após a chuvas, os motoristas também enfrentam dificuldades para seguir caminho. A água invadi as calçadas e deixa ilhado quem fica nos pontos de ônibus ou precisa sair dos condomínios nas proximidades.
(Foto/Fonte: Maycon Nunes/DOL)