O relatório final da CPI do Genocídio traz 1152 páginas com um resumo de tudo que foi investigado durante os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito formada para investigar as ações e omissões do governo Jair Bolsonaro que fizeram o país chegar a mais 600 mil mortes por Covid-19. São mais de 70 pessoas indiciadas, incluindo Bolsonaro, e 27 possíveis crimes identificados.
Elaborado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), o documento solicita o indiciamento de 71 pessoas e duas empresas (Precisa Medicamentos e VTC Log). Entres os citados estão o presidente Jair Bolsonaro, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho, ex-Cidadania), Walter Braga Netto (Defesa, ex-Casa Civil), Wagner Rosário (AGU), os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Os três filhos mais velhos de Bolsonaro (Flávio, Carlos e Eduardo) também são citados.
Calheiros pede ainda o indiciamento de Mayra Pinheiro, assessora do Ministério da Saúde, Élcio Franco, ex-secretário-executivo da Saúde, e Fabio Wajngarten, ex-Secom, além de as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) e de os deputados federais Ricardo Barros (PP-PR, líder do governo) e Carlos Jordy (PSL-RJ). O assessor presidencial Filipe Martins, o ex-deputado Roberto Jefferson e o pastor Silas Malafaia também são citados.
Bolsonaro foi acusado por Calheiros por 11 crimes. São eles: homicídio qualificado, epidemia, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, genocídio de indígenas, crime contra a humanidade e crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com o decoro do cargo).
• Relatório (AQUI)
Informações da Revista Fórum