Em Tucuruí, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a recondução imediata de Alexandre Siqueira ao cargo de prefeito. A decisão, suspende as eleições suplementares que estavam marcadas para 3 de agosto e encerra o governo interino assumido pelo presidente da Câmara, Jairo Rejanio.
A medida tem como base a defesa da segurança jurídica, da anualidade eleitoral e da soberania popular, já que Alexandre foi eleito democraticamente em 2024. Gilmar Mendes entendeu que uma mudança repentina na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não poderia ser aplicada de forma imediata, pois isso violaria princípios constitucionais e desrespeitaria o voto popular.
Antes disso, em abril de 2023, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, já havia concedido uma tutela provisória de urgência que permitiu o retorno temporário de Alexandre ao cargo, enquanto os recursos contra a cassação determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) ainda estavam em julgamento.
A cassação se baseou em acusações de abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha de 2020, especialmente pela suposta distribuição de combustível a eleitores. Alexandre sempre negou as irregularidades e afirma ser alvo de perseguição política.
A volta de Alexandre Siqueira à prefeitura foi recebida com reações divididas. Parte da população comemora o retorno como uma oportunidade de retomar projetos interrompidos, enquanto opositores criticam a decisão e pedem celeridade no julgamento do mérito. Nos bastidores, a medida reacende os embates entre grupos políticos locais, que já se articulam para as eleições municipais de 2024.
Agora, com a decisão do STF, Alexandre Siqueira permanece no cargo, em um cenário marcado por tensão, expectativa e forte interesse popular.