Em meio a denúncias, Daniel Santos solicita empréstimo de R$ 200 milhões para Ananindeua.

Em meio a uma série de denúncias que vêm ganhando destaque nas redes sociais e na imprensa local, o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), encaminhou à Câmara Municipal um pedido de autorização para contratação de um empréstimo de R$ 200 milhões. O valor, segundo o gestor, seria destinado a investimentos em infraestrutura urbana e modernização administrativa do município.

O pedido chega em um momento delicado. Nos últimos dias, Daniel tem sido alvo de críticas e questionamentos sobre contratos milionários firmados por sua gestão e o uso de jatinhos particulares de empresas contratadas pela prefeitura, o que levantou suspeitas de favorecimento e mau uso dos recursos públicos.

De acordo com a mensagem encaminhada à Câmara, o empréstimo teria como finalidade “dar continuidade às obras e projetos estruturantes de mobilidade, urbanização e saneamento”, mas a oposição questiona a falta de clareza e detalhamento das ações que receberiam os investimentos.

“É um absurdo solicitar mais um empréstimo dessa magnitude sem antes esclarecer as denúncias e apresentar um relatório transparente das finanças municipais. Ananindeua já enfrenta problemas graves na saúde e na infraestrutura. Não podemos endividar ainda mais o município sem responsabilidade”, declarou o vereador Flávio Nobre (MDB), líder da oposição na Câmara.

Enquanto isso, parte da base governista tenta acelerar a votação da proposta, alegando que o crédito é fundamental para garantir a execução de obras que, segundo eles, “beneficiarão diretamente a população”.

Diante das críticas, a Prefeitura de Ananindeua emitiu uma nota oficial, afirmando que o pedido de empréstimo “segue todos os trâmites legais e tem como objetivo promover melhorias estruturais em diversas áreas da cidade”.

“O município de Ananindeua possui capacidade de endividamento aprovada pelos órgãos de controle e o empréstimo será utilizado exclusivamente para investimentos em infraestrutura e modernização da administração pública, gerando emprego e renda”, diz o comunicado.

Ainda não há data definida para a votação do projeto na Câmara, mas a expectativa é que o tema gere intensos debates entre os vereadores e a sociedade civil, que cobra transparência e prudência no uso dos recursos públicos.