Em reunião na tarde desta quinta-feira, 14/02, no Ministério Público Federal, a empresa Paulitec prestou esclarecimentos à comissão de investigação preliminar, instaurada pela Auditoria Geral do Estado, com o objetivo de apurar suspeita de irregularidades na execução das obras do Parque do Utinga, em Belém.
Além do auditor-geral, Giussepp Mendes, que foi acompanhado de assessores jurídicos, auditores e da equipe de obras do órgão, também participaram o procurador da República, Alan Mansur, Bruno Chagas, secretário adjunto de Cultura do Estado, Patrick Mesquita, procurador do Ministério Público de Contas do Estado e Cláudio Soares, gerente de obras da construtora Paulitec, empresa responsável pela construção do parque.
A auditoria busca respostas para vários questionamentos, como o acréscimo no valor total da obra, orçada inicialmente em quase 36 milhões de reais, mas que teve custo final superior a 50 milhões de reais. Parte dos recursos foram repassados pelo BNDES. Os gastos com o projeto luminotécnico também entrou em pauta. “Analisando o contrato, indentificamos uma despesa alta com luminárias de alto padrão, sendo que já estava previsto que o Parque do Utinga não teria funcionamento noturno”, disse o auditor-geral.
Em uma visita técnica ocorrida no início do mês, a equipe de obras da AGE identificou sinais de deterioração precoce no Parque do Utinga. As notas ficais dos materiais e equipamentos especificados no projeto já foram solicitados à empresa.
Em sua defesa, a Paulitec atribuiu à antiga gestão da Secult, a responsabilidade pelos atrasos no cronograma da obra, o que teria contribuído para elevar o custo de execução do empreendimento. Segundo o titular da AGE, com a parceria dos ministérios públicos Federal e de Contas do Estado, a investigação preliminar será mais ágil e eficiente.