O senador Marco Rogério, da Tropa de Choque bolsonarista na CPI, conseguiu aprovar um pedido de informação da CPI aos prefeitos de Capitais sobre todos os recursos usados pelos municípios no combate à Covid. Ocorre que o ex-prefeito, Zenaldo Coutinho, juntamente com o ex-secretário de saúde, Sérgio Amorim, que compraram os respiradores superfaturados na época que a saúde de Belém colapsou.
O Ministério Público Estadual (MP-PA) fez até investigação da compra, devido os preços que seriam os mais caros do Brasil, conforme mostraram denúncias feita pela imprensa paraense. Os equipamentos foram adquiridos junto à GM Serviços Comércio e Representações Eireli, em março último, para atender os pacientes da Covid-19. O prefeito chegou a pagar R$ 260 mil por ventilador pulmonar, ou mais que o dobro do que foi pago por estados e prefeituras de vários pontos do País.
Na época o então secretário municipal de Saúde de Belém, Sérgio de Amorim Figueiredo, foi exonerado do cargo, devido às ações da Operação Quimera, quando Sérgio se tornou alvo e teve o sigilo fiscal quebrado a pedido da Justiça.
A Justiça determinou que ex-titular da pasta fosse investigado pela Diretoria Estadual de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Pará (Decor) por denúncias de fraudes na compra de respiradores pulmonares realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) com recurso do Fundo Municipal de Saúde.
Na época, a Polícia Civil esteve na casa da mãe de Sérgio para ações de busca e apreensão determinadas pela Justiça. A ação chegou a ser comprometida pelo Tenente Coronel Afonso Geomarcio que tentou intimidar a equipe da Polícia Civil que cumpria os mandados de busca e apreensão expedido pela justiça do Pará.
Sérgio Amorim também é cunhado do ex-Procurador Geral Gilberto Valente, que reuniu o Gaeco e cobrou retaliações contra o Governo do Pará após a operação que investigou o ex-secretário de Saúde.
Essa interferência rendeu à Corregedoria da Polícia Militar a instauração de um inquérito policial militar para investigar as denúncias de tentativa de intimidação cometida por Valente, que estava lotado no gabinete do ex-procurador-geral de Justiça, Gilberto Martins. Pelo visto, a trupe já está com a barba de molho.