Quem procurou atendimento médico na unidade da Ação Itinerante contra a Covid-19 na Escola Estadual Valter Bezerra Falcão, em Ananindeua, nesta segunda-feira (1), encontrou mais do que atendimento médico, medicamentos, exames e testes rápidos para detectar coronavírus, encontrou acolhimento.
A ação, que iniciou no último sábado (30), ficará até esta terça-feira (2) e ocorre ainda nos bairros Pedreira e Guamá, em Belém. No início da tarde desta segunda-feira (1), a primeira-dama do Estado Daniela Barbalho visitou a unidade da Escola Valter Bezerra Falcão, em Ananindeua, para ver de perto os atendimentos na Ação Itinerante, que seguem o mesmo padrão já realizado no Hospital Abelardo Santos e Policlínica Metropolitana.
Os pacientes passam por uma triagem, recebem atendimento médico, e recebem kits com medicamentos, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde (MS). Segundo Daniela Barbalho, o coronavírus tem trazido muito sofrimento e perdas para as famílias paraenses e ela não poderia deixar de vir trazer sua solidariedade e uma palavra de apoio para os pacientes e servidores do Estado, que estão na linha de frente do atendimento.
“A gente vê que essa ação só está sendo possível, porque outras secretarias estão apoiando. É a união de forças! Reconhecendo a necessidade deste atendimento e do estar junto, a gente vem trazer uma mensagem de apoio, uma mensagem de esperança e dizer que, todos juntos, nós iremos vencer o coronavírus!”, destaca a primeira-dama.
Daniela Barbalho reforçou ainda que é necessário manter as medidas de isolamento e todas as medidas de proteção à vida, “a gente tem percebido que graças a Deus e a todas as medidas que o nosso governador Helder tem tomado, o número de mortes tem diminuído diariamente em nosso Estado, mas ainda há disseminação do vírus, que tem uma capacidade de proliferar muito grande, tanto é que quando a gente vai aos bairros, a gente percebe uma grande procura, então, nós aproveitamos que diminuiu a procura na Policlínica e nos ambulatórios do Abelardo Santos pra fazer com que parte desta estrutura possa estar indo aos bairros com as maiores disseminações do vírus”, disse.
Para ter acesso ao serviço, os pacientes devem estar de posse do cartão SUS e dos documentos pessoais e comprovante de residência. A coordenadora da Ação, Alessandra Amaral de Souza, detalha que a estratégia de ir até os bairros ocorreu porque houve uma diminuição gradativa nos serviços ofertados no hospital Dr. Abelardo Santos e na Poli Metropolitana, referências no atendimento de pacientes com Covid-19, na Região Metropolitana de Belém (RMB).
“A primeira semana de atendimento foi muito alta, com uma média de 1800 a 1500 atendimentos diariamente, e agora nós estamos com 200 a 300 atendimentos. Ontem, na madrugada, nós estivemos com apenas 30 atendimentos na farmácia, e o governador vendo que nos bairros ainda temos incidência de casos de Covid, pediu para que a gente organizasse também esse serviço. Após selecionado o bairro, nós montamos a estrutura, levamos a triagem, o serviço sempre é humanizado, desde a triagem, até o acolhimento dos pacientes”, explica a coordenadora.
Por dia, em cada uma das unidades itinerantes de bairro, são atendidos em média 200 pacientes. Ivete Boulhosa, coordenadora da unidade da Marambaia, montada na Escola Estadual Temístocles de Souza, explica que o atendimento médico ocorre após a triagem feita por profissionais de enfermagem. “O paciente é avaliado, encaminhado para a consulta médica e, se for necessário, fará tomografia. Casos de média complexidade, se for preciso internar, vamos encaminhar direto pro Hospital Abelardo Santos”, disse.
A equipe de cada local de atendimento itinerante é composta por 6 médicos, sendo 5 cubanos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogos, pessoal do administrativo e serviço geral. Há ainda o funcionamento das cantinas das escolas, que estão oferecendo lanches e sopas para os pacientes nas filas de espera.
Informações Agência Pará | Fotos: Marcelo Seabra