Professores são demitidos em massa pela prefeitura de Belém durante pandemia.

Mais uma da gestão desastrosa de Zenaldo Coutinho (PSDB). Professores do cursinho pré-vestibular da Prefeitura de Belém foram demitidos em massa, alguns, inclusive, afetados pela Covid-19. Os professores alegam que foram pegos de surpresa com a publicação das demissões, publicadas no Diário Oficial do Município na última quarta-feira (27). Alegação é que eles tiveram conhecimento por uma ligação, e alguns sequer sabiam que haviam sido demitidos e continuavam produzindo, mesmo com o nome constando no Diário Oficial da Prefeitura.

Uma professora relata ainda que, mesmo apresentando atestado, a Prefeitura de Belém alegou motivos como baixa produtividade, para tentar justificar a demissão

“Alguns apresentaram atestado médico, mas não aceitaram. Falaram em motivos diferentes e até se enrolaram para tentar justificar as demissões em massa. Para mim, por exemplo, alegaram pouca produtividade, sendo que eu peguei Covid e fiquei afastada. Apresentei atestado médico, mas a coordenação disse que não foi aceito”, relembra ela.

Segundo a professora, no documento publicado, a Prefeitura alega que rescisão contratual ocorreu por iniciativa do contrato, ou seja, dos próprios professores.

“Com o pedido de demissão por parte dos contratados, abrimos mão dos nossos direitos e eles que deram causa à extinção do contrato. Nós teríamos que ser indenizados na forma da lei. Além do mais, alguns professores tinham o cursinho como a única fonte de renda, tendo filhos e família para sustentar”, lamenta ela.

A Prefeitura alegou ainda, segundo a professora, que alguns alunos não estavam satisfeitos com as aulas e reclamaram, o que teria motivado a demissão. Mas, segundo ela, “todos os 16 professores que foram desligados na última quarta-feira, sequer tiveram a chance de ter as videoaulas publicadas aos alunos”. 

“Fomos surpreendidos com o desligamento em massa. Tínhamos nos programado financeiramente. Estamos indignados, principalmente neste momento difícil que o mundo perpassa de pandemia. Fomos contratados para trabalhar presencialmente. Ninguém estava preparado para isso e, mesmo assim, não deixamos de cumprir com nossas obrigações, tivemos que nos reinventar e nos adaptar a essa nova realidade. Não tivemos nenhum treinamento acerca das videoaulas, foram apenas algumas orientações via WhatsApp. Alguns colegas foram desligados por mensagem de textos. Foi uma rescisão unilateral por parte da direção do PVMB e Funbosque”, explica ela, ressaltando que os professores não assinaram “nenhum documento e nem houve acordo sobre o desligamento”. 

A admissão foi feita pela Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (FUNBOSQUE).