A violação de sigilo funcional é um crime previsto no artigo 325 do Código Penal Brasileiro e se caracteriza como um crime subsidiário praticado por funcionário público, que revela fato que deveria permanecer em sigilo, em razão do cargo que ocupa.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Mapinguari, que visa aprofundar a investigação sobre o vazamento de informações de operação da Polícia Federal. O suspeito é o delegado federal Eguchi, que foi candidato à prefeitura de Belém nas últimas eleições e que chegou ao segundo turno do pleito em 2020 e que já se diz ser candidato a governador apoiado por Bolsonaro em 2022.
Nesta manhã, os policiais foram até a casa de Eguchi, localizada na passagem do Arame, próximo a Dr. Freitas, no bairro da Sacramenta. O irmão dele, Eduardo Eguchi, seria o elo com empresários da mineração alvos de investigações e tiveram informações privilegiadas.
A investigação começou em 2018 e trata especificamente da violação de sigilo funcional ocorrida durante o desencadeamento da “Operação Migrador”, trabalho de investigação feito pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá/PA, que apurava a atuação de organização criminosa de exploração ilegal de minério de manganês.
A operação de hoje alcança, além do próprio servidor público, outros seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará, os quais tiveram acesso indevido às informações da Operação Migrador.