Caso hydro em Barcarena vira alto promoção para políticos do Pará.

É desconcertante a sordidez dos políticos deste estado usando a tragédia ambiental de Barcarena para captar votos para as eleições. Ninguém está preocupado realmente em buscar resolver o problema junto a mineradora Hydro. Cada ação que nossos políticos tomam é friamente calculado para mais “aparecer” perante as comunidades atingidas e a opinião pública. Só medidas populistas que vão prejudicar não só as comunidades diretamente atingidas como todo o município de Barcarena.

Agora todos querem resolver, todos querem mostrar “trabalho”, todos querem sair na foto. Há anos a população denunciava a contaminação dos rios e igarapés e ninguém, nenhum deles, deram ouvidos. Só agora “quando o ladrão rouba que eles querem fechar a porta”.

O governo do Pará negou o quanto pôde a ocorrência de vazamentos. Só voltou atrás quando o Instituto Evandro Chagas divulgou o laudo atestando a contaminação, o que pegou muito mal na opinião pública local. Para tentar sair pela tangente e minimizar os estragos à imagem do governador, rapidinho tomaram medidas para atender as populações atingidas e punições a mineradora. Quanta benevolência e preocupação, só que não.

O ministro, está 24hs fazendo campanha desde 2014, apareceu em Barcarena gravando vídeo na bacia de rejeitos com oratória de quem vai resolver o problema, distribuiu cesta básica e água e foi a Brasília pedir a suspensão da licença de funcionamento da Hydro ignorando todos os trâmites legais para chegar a essa ação (e ignorando o fato de que 40 mil pessoas direta e indiretamente são empregados pela empresa e nem mesmo as comunidades locais querem a saída da empresa, mas apenas que ela não as prejudiquem).

Depois você tem o desprazer de ver deputados dizendo que estão trabalhando na questão e ainda postam hastag #TrabalhoEação. PQP! Desculpem a expressão, mas urubus não podem ver uma carniça que caem em cima.

É claro que as pessoas devem receber apoio após o ocorrido, só que o melhor auxílio que elas poderiam ter, era serem escutadas antes da tragédia acontecer, mas por algum motivo, os órgãos estatais do estado e federal ignoraram. Mais um exemplo de conchavo entre empresas e o Estado, a população não pode perder mais uma vez.