Chamado de “Pastor do Diabo” por Jatene, Zequinha Marinho e tucano voltam a conversar.

Rompidos desde a eleição de 2018. O “pastor do Diabo”, como Jatene costumava chamar pelas salas palaciana, devido Zequinha ter melado os planos do ex-governador. Na época Zequinha Marinho que era colocado de escanteio no governo tucano, sem prestígio e sem poder, na época Jatene queria renunciar o cargo junto com Zequinha para que na época o então presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda do DEM, o escolhido do tucano como sucessor, assumisse o governo para disputar sentado na cadeira do palácio dos despachos.

Segundo uma fonte próxima ao senador, disse ao Blog que os dois já voltaram a trocar mensagens. Jatene está inelegível por oito anos e o senador anda pensando na disputa para o governo do estado em 2022, talvez pra tentar montar uma frente evangélica bolsonorista e disputar contra aquelas que lhe ajudaram ser senador hoje. Como na política tudo é especulação de cenário eleitoral, veremos se o Zequinha de fato tem coragem, até porque essa vaga de Senado dele não foi nada fácil e ele sabe muito bem disso.

Outra pedra no caminho de Zequinha é se ele consegue terminar seu mandado de senador. Já que tem uma ação, onde o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) pede a cassação do mandato do senador Zequinha Marinho (PSC) que teve parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral).

O órgão informou que concorda com as alegações da ação de investigação judicial eleitoral, que apontou, entre as irregularidades, o suposto desvirtuamento do uso de R$2,3 milhões da cota de gênero do fundo eleitoral nas eleições de 2018.

Outras irregularidades

O parecer também cita que outras ilegalidades nas campanhas de Zequinha e Júlia Marinho foram detectadas. De acordo a investigação, as duas campanhas simularam a assunção de dívida e utilizaram caixa dois.

O MP afirma que “Zequinha Marinho realizou gastos que não foram declarados na prestação de contas de campanha e tentou mascarar e ludibriar a realidade de despesas realizadas com pessoal”. Entre os gastos não declarados o MP cita:

• despesas com a realização de comícios,

• montagem e iluminação de palco,

• sonorização,

• produção de jingle,

• filmagem e fotografia de eventos,

• utilização de carros e trio elétrico.

“Notadamente quando analisadas as referidas condutas ilícitas de forma conjunta, resta inconteste a gravidade dos fatos e circunstâncias a caracterizarem no caso o abuso de poder político-econômico dos investigados, a prejudicar a legitimidade, normalidade e lisura das eleições”, aponta o parecer.