Doxa: A última cartada de Orly e Jatene nas eleições de 2018.

Conhecida pela falta de critérios em suas pesquisas eleitorais, a empresa Doxa Arte e Comunicação Ltda tem errado sensivelmente nos resultados das suas pequisas de intenções de votos para as disputas eleitorais que se dão no Estado do Pará. Em Belém mesmo, no último pleito, em vários momentos, a Doxa apontou que a vitória para o cargo de prefeito seria do deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL), que teria como principal adversário o também deputado federal Éder Mauro (PSD). No final das contas, quem saiu vitorioso foi o tucano Zenaldo Coutinho.

Em Parauapebas, sudeste do Estado, a situação não foi diferente. A Doxa insistia em dizer que Darci Lermen, que liderava a disputa, só caía na preferência do eleitorado e que Marcelo Catalão e Valmir Mariano, que era o prefeito na época e tentava a reeleição, ainda iriam crescer. O resultado mostrou a vitória clara de Darci Lermen.

Em Capanema, nordeste do Estado, a Doxa apontou a vitória de Dr. Nelson, candidato apoiado pelo prefeito, Eslon Martins, que estava no PR na época. Tucano, Nelson foi derrotado de maneira retumbante pelo candidato da oposição, Chico Neto, do DEM. Uma tendência clara nas pesquisas Doxa é a preferência pelo candidato apoiado pelo governo, o que nem sempre se cumpre.

Já em Santarém, no Oeste do Pará, as pesquisas da Doxa, apontaram, na maioria das vezes, Nélio Aguiar (DEM) atrás dos demais concorrentes. Ao final, Nélio derrotou os adversários e se tornou o prefeito eleito.

Ou seja, até às últimas semanas anteriores ao pleito municipal, as pesquisas da Doxa apontavam candidatos errados como vitoriosos.  No caso do governo do Pará não está sendo diferente. A subida vertiginosa de Márcio Miranda, em face dos seus adversários, soa, no mínimo, como estranha, já que outros institutos de pesquisa apontam que um eventual segundo turno se daria entre Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT), com uma grande possibilidade de Helder Barbalho (MDB) vencer ainda no primeiro turno. Logo, Márcio Miranda sequer estaria no segundo turno. Seriam os resultados da Doxa ao governo do Pará mais uma cartada do marqueteiro Orly Bezerra para evitar a derrota certa nas urnas? Fica a reflexão.

Fonte: Verdades Pará /Edt: Blog do Sávio Barbosa