O clima no bairro da Terra Firme, em Belém, está tenso devido ao abandono das obras de reforma do Mercado da Terra Firme. Em um vídeo que circula nas redes sociais, um dos feirantes do local mostrou o estado de abandono da obra, com equipamentos da empresa contratada deixados no local após a paralisação dos trabalhos.
A obra, iniciada em 2022 e orçada em mais de R$ 3 milhões, transformou a geografia do bairro, com a interdição da principal via de acesso, a avenida Celso Malcher, e a construção de uma feira provisória que tem causado transtornos aos moradores. As ruas adjacentes, usadas como desvio, estão em péssimas condições, agravando o caos no trânsito.
Durante a abertura da Festividade de São Domingos de Gusmão, padroeiro da Terra Firme, o nome de um representante da prefeitura foi anunciado, mas sem receber aplausos. Um feirante aproveitou a ocasião para enviar um recado direto ao prefeito: “Diga ao prefeito que ele verá a ‘chuva de ovo’ que o aguarda se aparecer aqui para fazer campanha. Olhe o estado desta rua e deste mercado”. Outros moradores, em tom irônico, apoiaram a manifestação, indicando que a insatisfação com a gestão municipal é generalizada.
A situação do mercado é apenas mais um exemplo das promessas não cumpridas. Em entrevista recente, o prefeito Edmilson Rodrigues anunciou a retomada das obras, que de fato recomeçaram, mas pararam poucos dias depois, supostamente por falta de pagamento à empresa responsável. O projeto, que deveria beneficiar os feirantes, se transformou em um pesadelo para os trabalhadores, que agora enfrentam condições insalubres na feira provisória montada no meio da avenida, sem qualquer previsão de conclusão da obra original.
Apesar das promessas de revitalização de diversos mercados em Belém, a realidade vivida pelos trabalhadores é de insegurança e insatisfação. A comunidade da Terra Firme aguarda por respostas concretas e uma solução definitiva para o problema que afeta seu cotidiano.