Profissionais de saúde que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme, em Belém, estão enfrentando um cenário de incerteza e apreensão após denúncias públicas sobre atrasos salariais. Nos últimos dias, ao menos cinco trabalhadores foram desligados da unidade de forma repentina, sem aviso prévio e sem receber as verbas rescisórias previstas em lei.
Segundo relatos de funcionários, os cortes estariam diretamente ligados às denúncias feitas recentemente sobre problemas na gestão da unidade. Um dos principais pontos apontados foi o atraso nos pagamentos, que, segundo os profissionais, já se estende por cinco meses. Além disso, eles relataram escassez de materiais básicos, o que tem prejudicado tanto o atendimento quanto a segurança de quem trabalha e de quem busca socorro no local.
A situação crítica foi revelada por uma reportagem do portal Estado do Pará On-line (EPOL), que esteve na unidade para apurar as condições de trabalho. Desde então, trabalhadores relatam um ambiente de medo e represálias, onde qualquer manifestação pública pode resultar em demissão sumária.
Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), responsável pela supervisão da UPA, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as demissões nem sobre as denúncias de atraso nos pagamentos.
Enquanto isso, a população atendida pela unidade e os próprios profissionais seguem lidando com a insegurança, tanto no atendimento médico quanto nas garantias trabalhistas.