A elevada tarifa e a baixa qualidade da energia elétrica ofertada à população do Pará foram os principais temas abordados pelo governador do Estado, Helder Barbalho, em audiência com o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, realizada em Brasília, na terça-feira (19). Na ocasião, Helder defendeu que, ao contrário do que foi informado ao órgão regulador federal – que o Pará é um dos estados com a melhor qualidade de energia do Brasil -, a realidade vivenciada pelas famílias paraenses é bem diferente.
E, neste sentido, propôs que a Agência de Regulação e Controle de Serviços Púbicos do Estado do Pará (Arcon) passe a fiscalizar o serviço prestado pela Equatorial Energia, antiga Celpa. Hoje, apesar de ser um dos maiores fornecedores de energia, o Pará possui a terceira maior tarifa do Brasil. Isto se deve porque o modelo vigente para a distribuição e aplicações de tarifas de energia no país, não leva em conta o fato dos estados serem fornecedores de energia. A Aneel é a responsável por definir o preço da energia elétrica. Para o órgão, o Pará possui bons índices de qualidade no fornecimento energia. Mas, apesar da divergência entre os dados, o governador avaliou positivamente reunião.
“A receptividade foi boa e já iniciamos as tratativas para assegurar esse convênio. Lamentavelmente as informações reportadas pela Aneel, que autoriza os ajustes tarifários, são totalmente divergentes do que vivemos e isto foi passado para eles. A ideia agora é justamente corrigir esta distorção, fazendo com que a Arcon possa ser um braço apoiador da Aneel no Estado do Pará. Desta forma, queremos garantir que a transparência de dados, apresentados pela distribuidora, contribuam para que eles retratem a veracidade do estamos vivendo no território paraense”, finalizou Helder Barbalho.
Amanda Engelke/ Informações Agência Pará