Na última quarta-feira, o governador do estado, Helder Barbalho, chamou sua secretária de cultura Ursula Vidal para uma reunião política. Pela manhã, ambos já haviam participado de eventos e inaugurações na capital.
Na conversa, o governador expressou seu apreço e respeito pela secretária, reconheceu a importância de seu trabalho à frente da SECULT e discorreu sobre o objetivo eleitoral de fazer a maior bancada de deputados federais da história, pelo MDB, juntando pesos pesados da política tradicional com nomes representativos da sociedade que simbolizam renovação política, como é o caso de Ursula Vidal.
A secretária de cultura, com inegável desempenho positivo à frente de sua pasta e presença constante nas agendas do governador, ganhou notoriedade nacional ao comandar, como presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura, a luta pela Lei Aldir Blanc durante a pandemia de COVID-19, que vitimou também a economia e prejudicou as atividades artísticas em todo o Brasil. Tem sido, ainda, interlocutora do governador junto aos movimentos sociais, como fez ao acompanhá-lo à 26ª conferência do clima da ONU, a COP26, que aconteceu em Glasgow, na Escócia e teve como objetivo encontrar soluções e ações concretas para o maior desafio que a nossa geração enfrenta: as mudanças climáticas.
Ursula Vidal lidera a corrida para o senado, de acordo com dados da pesquisa do instituto Mentor Inteligência, divulgada no mês de fevereiro. Ela integra os quadros da Rede Sustentabilidade, partido que ajudou a fundar, e que faz tratativas para constituir uma federação com o PSOL. Analistas políticos consultados pelo blog dizem que Ursula Vidal teria chances de se eleger tanto compondo a federação com o partido de Edmilson Rodrigues quanto aceitando o convite do governador, mas a aceitação do convite de Helder Barbalho a tornaria imbatível. “Ursula não é apenas uma promessa eleitoral. Ela tem uma trajetória eleitoral invejável que se sustenta em números. Poucos conseguem amealhar votos crescentes eleição após eleição, como ela tem feito”, disse Alexandre Diniz, dirigente da Rede Sustentabilidade.
Um histórico expressivo
Convidada pelo governador Helder Barbalho para assumir a pasta da Cultura no final de 2018, Ursula Vidal tomou posse em 01 de janeiro de 2019, empreendendo desde então uma gestão participativa, transparente e voltada para a valorização da cultura popular de todo o estado, presente em todas as regiões. Realizou a maior e mais inclusiva Feira do Livro da história do Pará, estimulando a diversidade, realizando escutas setoriais e valorizando o papel da mulher na cultura.
Criou o projeto Diálogos com o Patrimônio e dezenas de editais que premiaram fazedores de cultura de diferentes segmentos. Iniciou e concluiu o restauro da Casa das 11 Janelas. Criou a gratuidade aos domingos no Sistema de Museus. Concluiu a reforma do Teatro da Paz. Realizou feiras criativas. Fez a revitalização do Monumento à Cabanagem e recolocou a Cabanagem no calendário de comemorações do estado.
Criou o Festival Te Aquieta em Casa para artistas, em meio a pandemia. Levou o Festival de Ópera para fora do Teatro, inclusive para bairros atendidos pelo Programa TerPaz, dando trabalho e renda para 1.978 artistas e técnicos, quase todos eles, paraenses. Restaurou e inaugurou a Estação Cultural de Icoaraci e construiu e inaugurou o Museu do Marajó. Está à frente do projeto Parque da Cidade, que criará o maior espaço de lazer do estado, na área do antigo Aeroclube de Belém e do Porto Futuro 2, no Reduto, que integrará os galpões do porto da cidade ao uso comum, com espaços de lazer, gastronomia e contemplação.
Criou, ao lado de Jarbas Vasconcelos, o projeto Sons da Liberdade, iniciativa inédita que leva terapia sonora e qualificação profissional para três centros de recuperação e reeducação prisionais do Estado: Centro de Reeducação Feminino de Ananindeua (CRF), o Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC) e a Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi). Em plena pandemia, como Presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura, encabeçou a luta pela Lei federal 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, cujo objetivo central foi estabelecer ajuda emergencial para artistas e coletivos que atuam no setor cultural e sofreram drástica queda de receita devido a pandemia. A Lei mobilizou recursos da ordem de R$ 3 bilhões, que foram distribuídos por estados e municípios.