Lúcio Vale e a massa de pão.

Desde que o vice-governador do Pará, Lúcio Vale, surgiu em rodas políticas como um nome forte para concorrer a prefeito de Belém nas eleições municipais do ano que vem, tem sofrido uma série de ataques na internet e fora dela. Hoje, a operação da Polícia Federal que cumpriu decisão da justiça do Pará, que apura desvios de verba na educação em 10 municípios do Estado, surpreendeu a todos, envolvendo o nome de Lúcio Vale, que à época dos fatos era Deputado Federal e pela função que exercia não tinha acesso a movimentação nem controle de recursos dessa natureza. Aliás, Lúcio nunca foi prefeito, vereador ou secretário de nenhum município envolvido. E mais, em alguns municípios investigados os prefeitos e secretários eram adversários ferrenhos de Lúcio, o que causa mais espanto ainda.
Em coletiva, a PF não citou nomes de nenhum dos 11 presos na operação, não citou nenhuma empresa envolvida, não citou nenhum agente público e nem deu detalhes da mesma. Porém, citou Lúcio Vale e entregou imagens da residência dele para a imprensa. Única figura a ser exposta, mesmo estando apenas na condição de investigado. Sabemos que na política o ditado que diz: “quando não se tem rabo a gente coloca um e puxa” pode se encaixar perfeitamente neste caso. Pois ter o nome limpo depois de 13 anos de vida pública incomoda muita gente. 
Lúcio Vale conta com a solidariedade do Governador Helder, dos seus correligionários e amigos. E todos acreditam que esse caso será rapidamente esclarecido e os verdadeiros responsáveis punidos exemplarmente. Lembrando que também tem um ditado que diz: “tem político que é igual massa de pão, quanto mais bate, mais cresce”.