Prédios históricos localizados no bairro da Cidade Velha e de administração da Prefeitura de Belém receberam a visita do prefeito Edmilson Rodrigues, na manhã desta terça-feira,15. Acompanhado de seu secretariado, o prefeito começou a visita pela estação Bonde Belém Gumercindo Rodriguez, localizado na esquina da rua 13 de Maio com a avenida Portugal.
Em seguida, a comitiva esteve nas obras do Palácio Antônio Lemos, sede da administração municipal. A agenda terminou no prédio que já abrigou as sedes da Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e Fundação Papa João XXII (Funpapa), situado em frente à praça Frei Caetano Brandão.
Bondinho
Inaugurado no ano de 2004, na segunda gestão de Edmilson Rodrigues na prefeitura de Belém, o bondinho tinha o objetivo de fomentar o turismo na cidade resgatando a história da capital paraense. A estação recebeu o nome do avô do prefeito, Gumercindo Rodriguez, que foi motorneiro no sistema de bondes original de Belém. Porém, atualmente o cenário é de abandono no espaço. Por cerca de 16 anos, o local sofreu com o descaso de administrações que sucederam a de 2004.
Na visita desta terça-feira, 15, Edmilson pôde averiguar as reais condições da condução e da estação. O gestor levantou diversas possibilidades para que o veículo histórico volte a circular. A coordenadoria de Projetos Especiais da Prefeitura de Belém está envolvida na revitalização do bondinho.
“A partir das políticas municipais de requalificação do centro histórico de Belém, iremos atuar no sentido de prover um projeto que envolve várias secretarias, para levar mais atrativo de lazer e cultura para essa área”, explica José Rayol, coordenador de Projetos Especiais.
Ambulante há mais de 20 anos na avenida Portugal, em frente à estação do Bonde de Belém, Meire Santos conta que está na expectativa do bondinho voltar a funcionar. “Quando ele funcionava o movimento aqui era bom de turistas que passeavam nele. Era muito bonito ver o bondinho. Espero que volte logo”, diz Meire.
“O turismo é uma ferramenta extremamente importante para o desenvolvimento econômico de Belém. A revitalização do bondinho é uma marca histórica para Belém, esse espaço que já foi muito consolidado no turismo da cidade”, também pontua o titular da Coordenadoria de Turismo de Belém (Belémtur), André Cunha.
Palácio Antônio Lemos
A visita da equipe de governo continuou nas obras de restauro do Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém. As obras de restauro correspondem a cerca de 10% de toda a revitalização prevista para o prédio.
Na oportunidade o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, anunciou que em cerca de um mês será aberto o edital para escolher a empresa responsável pelos 90% das obras restantes.
A Secretaria de Urbanismo de Belém (Seurb) será a pasta responsável pelo processo, que está avaliado no valor de 20 milhões de reais. “Essa nova fase da reforma vai contemplar toda a parte interna e externa, com a reforma de todos os salões, escadaria, piso. No palácio teremos também acessibilidade em sua totalidade, com elevadores e rampas”, explica o secretário de Urbanismo, Deivison Alves.
Durante o lançamento do edital de revitalização completa do Palácio, o prefeito Edmilson Rodrigues destacou a importância do prédio para a cidade. “Esse prédio é uma das mais importantes arquiteturas pertencentes ao município de Belém e merece ser cuidado e preservado após anos de abandono”, disse.
A previsão é que o processo licitatório seja concluído em três meses e as obras em um prazo de um ano e oito meses.
Antiga sede da Fumbel
Finalizando o dia de visitação, Edmilson Rodrigues foi até o prédio histórico de dois pavimentos, no bairro da Cidade Velha, que já abrigou as sedes da Fumbel e da Funpapa. O cenário atual é de abandono total, resultado de anos de descaso da administração passada.
Em 2016 um incêndio destruiu parcialmente o prédio. A ideia do governo é revitalizar o espaço e devolvê-lo para a Fumbel que hoje está instalada no complexo do Memorial dos Povos.
Para o presidente da Fumbel, Michel Pinho, o primeiro passo para a revitalização é originar fontes financeiras para custear a reforma e depois realizar um processo executivo para a reforma que deve ser iniciada em cerca de um ano.
Informações Agência Belém