Professores cobram piso salarial e protestam contra o Prefeito de Oriximiná.

Na última quinta-feira, (26), no município de Oriximiná, professores se reuniram em frente ao Fórum de justiça do município a fim de manifestar suas queixas contra o Prefeito Willian Fonseca, mais conhecido como Delegado Fonseca. A classe reinvindica seus direitos para receber o piso salarial e afirmam que estavam recebendo desde o início do ano de 2022, porém o Prefeito teria cortado a verba a partir do mês de abril e desde então não pagou mais o piso salarial aos professores, que segundo eles já teriam ganhado uma liminar na justiça determinando o pagamento.

Assista o vídeo da discussão do Prefeito de Oriximiná com os Professores:


O Prefeito Fonseca, por sua vez, também se manifestou para dar uma resposta aos manifestantes dizendo que a prefeitura não recebeu recursos suficientes ao FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) , ele diz que a previsão de envio do recurso seria de 86 milhões de reais e que a folha da Educação está em 8 milhões totalizando 96 milhões de reais para pagar, ou seja, estariam faltando 10 milhões de reais para realizar o restante do pagamento salarial . “Você só gasta o que você tem” diz o prefeito numa tentativa de justificar o não pagamento e ainda afirma que “não existe lei que ampara os professores pois se existisse isso não estaria acontecendo”.


O advogado do sindicato dos professores de oriximina Doutor Sanderson Oliveira explicou e esclareceu que o Prefeito Fonseca está equivocado com sua matemática com relação ao orçamento recebido pelo FUNDEB que no caso seria de 114 milhões de reais, recurso este suficiente para custear a folha da Educação da prefeitura e fazer inclusive a reforma das escolas do município. “O Piso salarial é de direito do Professor e deve ser respeitado e esperamos que a prefeitura e o sindicato entrem em um acordo que seja bom para ambos” disse o Dr. Sanderson Oliveira.


O sindicato acredita que o orçamento é suficiente para pagar o reajuste e ainda com sobra para pagar as reformas das escolas e a discussão será continuada na próxima quinta-feira dia 2 de junho, no Fórum de justiça, onde foi designada uma audiência com o prefeito Fonseca e o sindicato dos professores para tentarem chegar a um acordo e definir esta situação.

Por Brenda Campelo | Blog do Sávio Barbosa