Sem a firmeza que deveria caracterizar a força de um desmentido, o deputado federal Celso Sabino (PSDB) utiliza um outro blog para tentar negar as informações publicadas ontem no Ver-o-Fato e repostado no Blog do Sávio Barbosa sobre a eventual saída dele do ninho tucano para assumir o comando do SD, partido de Wladimir Costa, o Wlad.
A informação dessa articulação política foi repassada ao Ver-o-Fato pelo antenado Adriano Botelho, que fez questão de que o nome dele fosse divulgado na matéria. Prova da solidez na apuração que fez antes de repassá-la ao site. E o que faz Celso Sabino, que fonte tucana de alta plumagem garante estar sem ambiente no partido para alçar o voo mais alto que pretende dar?
Em vez de enviar nota ao Ver-o-Fato ou ao nosso blog, prefere o conforto da via transversa para tachar de “fake news” o que os fatos desmentem. Senão vejamos: o deputado já emplacou – e o próprio Sabino confirma, em postagem do sempre bem informado Marcelo Marques, o Bacana -, o novo presidente do SD paraense, o bacharel em direito Felipe Meireles Xavier. Isso ocorreu após acerto de Sabino com Paulinho da Força, presidente nacional do partido que era de Wlad. Isto Sabino nem fala em seu “desmentido”.
Sentiram o cheiro político da coisa? Celso Sabino diz, sem convicção – não se sabe até quando – que não sairá do PSDB, mas já tem um preposto político no comando de outro partido, certamente para estender o tapete onde o deputado desfilará como eventual postulante à prefeitura de Belém.
É preciso saber ler e interpretar os sinais codificados que essa indicação de Sabino para o comando do SD representa como fonte de alavancagem da candidatura dele à PMB. Como diz um experiente tucano: “o deputado Celso Sabino tem uma liderança forte inclinada a apoiá-lo, que é o prefeito Zenaldo Coutinho, mas o Nilson Pinto e outros não fecham com ele e já disseram isso claramente em reuniões internas”.
Para o tucano, há outros nomes com mais poder de fogo eleitoral em 2020 do que Sabino e ele insistir “nessa aventura” será submeter o PSDB a uma fragorosa derrota.
E agora, Sabino, o que dizer?