Sem nenhum embasamento científico, a Câmara de Belém retorna às atividades presenciais.

Depois de 10 sessões virtuais e nenhum projeto específico de enfrentamento à pandemia aprovado, a CMB resolveu ontem 26, sem nenhum embasamento científico, voltar às sessões no plenário. A única justificativa apresentada foi: “Ser a primeira Câmara a retomar as sessões presenciais”.

Até hoje nenhum projeto de combate à covid em Belém foi sequer discutido pelos vereadores, atendendo aos caprichos do Prefeito de Belém Zenaldo Coutinho. Que bom seria se fosse a primeira em aprovar projetos que realmente façam a diferença para a população, principalmente num momento em que o número de óbitos já passa de mil.

Na votação, mais uma vez muito confusa, não ficou claro se as sessões seguirão normais nos dias e horários, se todos os servidores serão testados, se a CMB vai aferir temperatura dos trabalhadores, se haverá garantia das medidas sanitárias de distanciamento e tampouco se terá fiscalização do número máximo de 10 pessoas por espaço físico.

Queremos o fim do isolamento e a volta à nossa vida “normal”, mas o critério não pode ser uma disputa para ver quem volta mais cedo. A CMB precisa ser um poder legislativo e fiscalizador. O povo não aguenta mais tanta politicagem. Uma decisão como essa precisa de amparo técnico e científico.

Na próxima segunda-feira tem sessão, esperamos que tenha quórum.

Informações Fernando Carneiro | Foto: Klebson Santos